Quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017, às 12h37
O Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou o índice nesta terça-feira (22). Leia a matéria na íntegra e confira os gráficos.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,54% em fevereiro e superou a taxa de janeiro (0,31%) em 0,23 ponto percentual (p.p.). Essa foi a menor taxa para um mês de fevereiro desde 2012 (0,53%). No acumulado dos últimos doze meses, o índice desceu para 5,02% e ficou abaixo dos 5,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2016, a taxa foi 1,42%.
Em fevereiro, o grupo Educação, com alta de 5,17% e impacto de 0,24 p.p., foi o principal responsável por elevar a taxa do IPCA-15 de 0,31% para 0,54%, enquanto os artigos de Vestuário mostraram a menor variação (-0,31%). Os resultados de todos os grupos de produtos e serviços pesquisados estão na tabela a seguir.
A alta de 5,17% no grupo Educação reflete os reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo, em especial os aumentos nas mensalidades dos cursos regulares, cujos valores subiram 6,94%. Esta alta gerou o maior impacto individual sobre o índice do mês (0,21 p.p.). Regionalmente, os cursos regulares tiveram aumentos entre 4,94% (São Paulo) e 10,13% (Salvador). A exceção foi Fortaleza, onde não foi apropriado nenhum aumento, devido à diferença no período de reajuste.
Além do grupo Educação (5,17%), o IPCA-15 foi pressionado pelas tarifas dos ônibus urbanos e intermunicipais, que subiram 3,24% e 3,84%, respectivamente. A alta de 3,24% nos ônibus urbanos foi consequência das variações apropriadas nas seguintes regiões: Fortaleza (17,05%), que refletiu os reajustes de 16,36% nas tarifas cobradas de segunda a sábado e de 17,80% nos dias de domingo, em vigor desde 14 de janeiro; Recife (13,46%), onde ocorreu reajuste de 14,28% no dia 15 de janeiro; Belém (11,85%), que refletiu o reajuste de 14,81% vigente a partir do dia 19 de janeiro; Brasília (7,09%), refletindo o reajuste de 25% nas tarifas, que voltou a vigorar a partir de 28 de janeiro; Belo Horizonte (6,02%), refletindo o reajuste de 9,40%, em vigência a partir de 03 de janeiro; Salvador (5,36%), onde o reajuste foi de 9,09% a partir de 02 de janeiro; Curitiba (5,10%) a partir de 6 de fevereiro, onde ocorreu reajuste de 14,86% de segunda a sábado e de 70,00% nos domingos, pois foi extinto o desconto dominical.
Nos ônibus intermunicipais (3,84%), as variações mais elevadas ficaram com o Rio de Janeiro (12,30%), devido ao reajuste médio de 12,00% em vigor desde 14 de janeiro; Curitiba (6,77%), onde ocorreu reajuste médio de 13,00% a partir de 6 de fevereiro; Belo Horizonte (4,57%), refletindo o reajuste médio de 9,46% desde o dia primeiro de janeiro; Salvador (2,47%), devido ao reajuste médio de 8,42%, que vigora desde 26 de dezembro.
Com o aumento das tarifas dos ônibus, o grupo Transportes ficou com variação de 0,66%, apesar da queda de 12,45% nas passagens aéreas.
Os alimentos (-0,07%), por outro lado, contribuíram para conter o índice do mês, após terem aumentado 0,28% em janeiro. Ainda que os preços do óleo de soja (4,42%), das hortaliças (4,00%) e de outros produtos tenham se mostrado mais caros de um mês para o outro, vários deles ficaram mais baratos. Alguns se destacaram pelas quedas expressivas, como o feijão-carioca (-14,68%), a batata-inglesa (-7,63%) e o tomate (-6,62%).
Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o da região metropolitana do Rio de Janeiro (0,93%), com destaque para os cursos regulares (9,65%) e ônibus intermunicipais (12,30%), cuja alta reflete o reajuste médio de 12,00% em vigor desde 14 de janeiro. O menor índice foi o de Goiânia (0,07%).
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 13 de janeiro a 13 de fevereiro de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de dezembro de 2016 a 12 de janeiro de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
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