No dia seguinte às manifestações nas cidades brasileiras em apoio ao ex-presidente Bolsonaro no domingo (3), o ministro do STF decreta sua prisão domiciliar na segunda-feira (4).
Esse foi o estopim para que na terça-feira (5), os deputados, senadores e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), protestassem contra o ato do judiciário, mais um entre tantos que vem demonstrando claramente uma tendência ditatorial. As polêmicas decisões, denotam a possível perseguição política que vem sendo imposta a partidários do ex-presidente, por parte do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Mesa Diretora do Plenário da Câmara dos Deputados, que deveria dar continuidade aos trabalhos, após o recesso parlamentar, foi ocupada pelos congressistas que exigiam a votação de medidas que julgam ser fundamentais, a fim de pacificar o país: anistia “ampla, geral e irrestrita”, aos envolvidos no 8 de Janeiro; o impeachment do ministro Alexandre de Moraes; e a proposta de emenda à Constituição (PEC) pelo fim do foro privilegiado.
Com fitas na boca e nos olhos, eles demonstravam sua insatisfação com a prisão de Bolsonaro, decretada por Moraes na segunda-feira, dessa forma proibindo-o de receber visitas e tornando-o incomunicável.
Na manhã desta quarta-feira (6), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), que no dia anterior havia determinado o cancelamento da sessão do Plenário, após a oposição ocupar o Plenário, já declarou que vai colocar em votação a pauta sobre a Anistia.
Por sua vez, as bancadas do PL (Partido Liberal) anunciaram que pretendem organizar uma escala de fim de semana para continuar a ocupação dos plenários da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Destaque – Brasília (DF), 05 de agosto – Deputado Sóstenes Cavalcante, líder do Partido Liberal (PL), e parlamentares de oposição fazem ato tampando a boca com esparadrapo durante sessão da Câmara dos Deputados. Foto: José Cruz / Agência Brasil



