Segunda-feira, 8 de junho de 2015, às 9h
O Smithsonian – Museu Nacional de História Natural, sediado em Washington nos Estados Unidos – assim como a comunidade científica, ambientalistas e entidades as mais variadas – comemoram hoje o Dia Mundial dos Oceanos.
Gerson Soares
A data foi criada pela ONU (Organização das Nações Unidas) durante a Eco-Rio 92, vinte anos após a primeira conferência sobre o meio ambiente realizada em Estocolmo-Suécia, 1972 – evento considerado um marco. Representantes de 108 países do mundo reuniram-se para diminuir a degradação ambiental e promover o desenvolvimento sustentável.
Dada a importância dessa reunião, as forças armadas brasileiras protegeram a cidade e o então presidente da República Fernando Collor de Mello transferiu a capital de Brasília para o Rio de Janeiro durante o evento, fazendo com que a cidade voltasse a ser o centro das decisões do país nesse curto período, já que foi a capital brasileira entre 1763 até 1960, até a construção do Distrito Federal.
Tanto a biodiversidade – inclusive dos oceanos – quanto a cidade maravilhosa, amargam a desfaçatez e os interesses humanos em detrimento da mãe natureza. A baía da Guanabara, onde haverá competições durante os Jogos Olímpicos 2016, transformou-se depósito de lixo e esgoto, 23 anos depois da Eco-Rio 92.
Os oceanos, aniversariantes de hoje, possuem uma legião de defensores. Graças a eles e tantas outras pessoas que se engajam pelas causas ambientais, as coisas ainda não pioraram. Mas é árduo o trabalho e o pouco que se pode fazer contra o poder do dinheiro e a ganância. As águas dos mares estão passando por um processo de acidificação, que mata os corais e a base de cadeias alimentares marinhas. No final e no topo dessa pirâmide encontra-se a humanidade, que em última análise está sob grave risco.
O planeta pede socorro e os oceanos têm pouco a comemorar. Ainda é possível observar maravilhas das profundezas e ver as gigantescas baleias azuis, como nesta reportagem especial, mas a sociedade atual e as futuras gerações precisam se apressar em cuidar melhor da Terra.
Exposição
O Mar não Está para Peixe
Fotos Públicas | 01/06/2015- Brasília- DF, Brasil - Exposição: O mar não está para peixe, realizada por alunos UFRJ, que transformaram objetos e lixos encontrados na Baía de Guanabara em esculturas.
Protesto de ambientalistas na Baía de Guanabara
Fotos Públicas | 06/06/2015 - Rio de Janeiro- RJ, Brasil - Atletas e ambientalistas protestam na praia de Botafogo contra poluição da Baía de Guanabara, local das provas de vela nos Jogos Olímpicos de 2016.
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