Tendo como principal instrumento de vigilância uma sirene que tira o sono e a saúde das pessoas os vigias noturnos motorizados ainda encontram quem os financie. Uma aberração do ponto de vista da Medicina e da Ciência.
Estamos levando ao conhecimento público outra série de reportagens que demonstram a nocividade dessa prestação de serviço no formato atual e a leniência de autoridades e da Justiça para com esses fatos e interesses particulares em detrimento de outros cidadãos e da coletividade. Para alguns profissionais do Direito, os vigias noturnos motorizados são contratações particulares. Todavia, quem fornece as credenciais são as secretarias de segurança pública estaduais.
Afinal, quem ou o quê rege essa prestação de serviços? A lei que permite esse trabalho não especifica uso de sirenes. Estamos buscando respostas.
Sirenes com 120 dB corroem diariamente a saúde da população
Antes de tudo, esclarecemos que o foco das reportagens é o barulho que os motovigias provocam com as sirenes que alcançam 120 dB e podem ser adquiridas por menos de 50 reais, servindo para chamar a atenção de quem os contrata por valor barato – existem faixas de 40 ou 50 reais mensais. As quantias geradas no coletivo precisam ser apuradas, até o momento não há dados disponíveis e nem fiscalização. Diferente de outras categorias profissionais, regidas por rígidas legislações.
Por quê?
A poluição sonora e os ruídos das sirenes atingem igualmente, na mesma intensidade e injustamente a todos. Sendo assim, ao contrário da contratação barata, provocam diversos males à saúde da população na sua totalidade e ao meio ambiente. Prejuízos que não têm preço.
“Donos da área” mandam na segurança noturna em SP e no Brasil, impondo leis próprias?
A população paga caro para ter um lar, alugando ou comprando seu imóvel. Está obrigada a pagar diversos impostos de compra e venda imobiliária; paga IPVA, IPTU; se quiser saúde e educação de qualidade precisará pagar. Mas, nos últimos tempos, muita gente está precisando “lutar pelo direito de dormir”, comenta cidadão indignado (leia aqui) e ainda precisa pagar pela segurança ao ‘dono da área’.
Diante da expansão dessa prestação de serviços com formato arcaico e pernicioso ao meio ambiente e à saúde, a perseguição contra pessoas que não concordam em pagar, reclamações e a poluição sonora, ouça o que disse um desses motovigias à nossa reportagem.
Se por um lado há quem não se importe com o barulho e o financie, ouça nos áudios desta reportagem, como isso afeta outra parcela da população:
Programa Vizinhança Solidária da PM
Se a sua família tem receio com a segurança converse com seus vizinhos e conheça o programa Vizinhança Solidária da Polícia Militar que vem obtendo resultados muito melhores e recebendo cada vez mais adesões. Colocados em prática pela população melhor informada e atualizada, inibe a ação de meliantes. Já conversamos com moradores de diversas ruas que adotam o programa e comprovamos a satisfação dos mesmos com o sistema da PM. Suas palavras soam como: “muito inteligente”, “eficiente”, “além de bom é gratuito, coisa rara”.
Destaque – Imagem: aloart
Publicação:
Quinta-feira | 28 de março, 2024