Domingo | 24 de julho, 2022

Este levantamento começou a ser produzido no bairro do Tatuapé e no subdistrito de Vila Gomes Cardim, na Capital Paulista, e servirá de amostragem para o caos noturno que ocorre em diversas capitais do país, sem que os responsáveis pelo meio ambiente e autoridades competentes tomem as necessárias providências, respeitadas as exceções de delegados e policiais militares que fazem o que podem para atender aos apelos da população. Essas reeclamações podem ser vistas por qualquer cidadão na internet. Todavia, ao final deste estudo e até antes, a sociedade brasileira poderá tirar suas conclusões.


Essa atividade, vigia ou agente de segurança noturno, virou um comércio para dizer o mínimo, onde existe “dono da área”, “patrão” e “empregados”. Contra esses profissionais nada se pode dizer, na melhor das hipóteses estão ganhando o próprio sustento. O problema consiste no formato que utilizam: sirenes com 120 decibéis de pressão sonora.

Esse comércio chegou aos websites Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas, Amazon e Shopee, onde existem dezenas de anúncios com vendas específicas de sirenes para guardas noturnos – 120 decibéis de potência.


30.000 sirenes sendo acionadas à potência de pressão sonora na faixa de 120 decibéis, quase o triplo da sonoridade aconselhada como segura, ao complexo sistema do ouvido humano, pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


Este é o número projetado de sirenes sendo acionadas todas as noites no estado de São Paulo, de acordo com análise dos dados fornecidos pela Polícia Civil, órgão estadual que credencia os vigias ou agentes noturnos motorizados.

Esta primeira série de reportagens mostra a comprovação desse abuso sinistro (não é gíria), com laudo emitido por Perito Judicial credenciado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, além de vídeos e imagens.

Mostramos vídeos in loco, com a atuação dos vigias noturnos e suas sirenes. Um deles flagra o vigia noturno transitando na contramão e colocando a vida de outros motoristas em perigo. Isso ocorre diariamente no local.

O tema segurança tem sido abordado com veemência pelo atual Governador do Estado de São Paulo, Rodrigo Garcia.


Antes de tudo é preciso esclarecer que o presente levantamento não guarda a intenção de denegrir as honradas profissões de vigilante e vigia, profissionais devidamente treinados e credenciados pela rígida legislação que regula sua atividade.


Muito diferente dessas nobres atividades os vigias noturnos motorizados ou, como designa a Lei Estadual 11.275 agentes de segurança noturno, aos quais iremos nos referir na série que começa a ser publicada hoje, desacatam diversas leis todas as noites perturbando o sossego e o simples direito ancestral de dormir.

Dezenas de comprovações poderão ser lidas na editoria/categoria criada especialmente para o tema: POLUIÇÃO SONORA – VIGIAS NOTURNOS.


INDIGNAÇÃO

Morador de Santo André, SP, cansado de reclamar às autoridades, deixa frase memorável sobre o tema: “É inacreditável que em pleno século XXI estamos brigando pelo direito… de dormir… onde estão as autoridades? É difícil de acreditar, mas cidadãos com inteligência aparentemente normal estão pagando para serem acordados de vinte em vinte minutos para saberem que podem dormir tranquilos… (!?) E a maneira de fazer isso é acionando um alarme eletrônico numa motocicleta que roda continuadamente pela noite toda. (…)”

Uma moradora da Vila Manchester, subdistrito do Carrão – São Paulo-SP, também expõe sua indignação: “Vila Manchester, madrugada toda, um inferno!!!”.


Preservamos os nomes de todas as pessoas e autoridades que constam neste levantamento omitindo-os em parte. Respeitamos a privacidade e as leis vigentes no Brasil.

Acompanhe.


Clique na imagem para assistir ao video


Foto do destaque: Vigia em contato com morador em novembro de 2020. Nesse mês, todas as placas das casas foram alteradas com as atuais. O uso do nome do 30º DP é ilegal e pode induzir parceria do órgão público com a atividade particular, como veremos. Foto: aloimage / arquivo

POLUIÇÃO SONORA DOS VIGIAS NOTURNOS MOTORIZADOS


Levantamento inédito que vem sendo elaborado há mais de 18 meses pela equipe de jornalismo do portal Alô Tatuapé, e só agora publicado, está mostrando séries de reportagens para esclarecer à população, autoridades, justiça e membros da área da saúde, quanto aos males que podem ser causados por essa atividade ao permitirem o uso de sirenes com 120 decibéis de pressão sonora, durante as noites e madrugadas na capital e interior do estado de São Paulo.

CLICK NOS RESPECTIVOS LINKS DO SEU INTERESSE PARA LER AS SÉRIES DE REPORTAGENS E ASSISTIR AOS VÍDEOS.


ATO ILEGAL PREJUDICA A SAÚDE HUMANA: CLIQUE NAS IMAGENS, ASSISTA AOS VÍDEOS E OUÇA O VOLUME DAS SIRENES