Assim como no setor de Serviços, a alta em maio foi influenciada pela melhora das expectativas com os próximos meses.


O Índice de Confiança da Indústria (ICI) do FGV IBRE subiu 0,9 ponto em maio, para 98,9 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice avançou 0,2 ponto, para 98,4 pontos.

“Em um ano com bastante oscilação, a confiança da indústria registra sua maior alta no ano. Apesar disso, nota-se aumento no nível dos estoques pelo segundo mês consecutivo, acendendo um alerta para os empresários. Em relação ao futuro, o resultado é positivo em todas as variáveis e acontece de forma espalhada entre os segmentos da pesquisa. Com ligeira melhora na demanda presente, as empresas reportam intenção de aumentar a produção nos próximos meses. Apesar da perspectiva de melhora no curto prazo, os empresários têm um ambiente macroeconômico complexo. O conjunto de política monetária contracionista com a expectativa geral de desaceleração da economia pode refletir em um cenário difícil para a indústria no segundo semestre.”, comenta o economista Stéfano Pacini, do FGV IBRE.

Em maio, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados pela Sondagem. O resultado reflete piora nas avaliações sobre a situação atual e melhora nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice Situação Atual (ISA) caiu 1,0 ponto, para 99,1 pontos. O Índice de Expectativas (IE) subiu 2,7 pontos, para 98, pontos.

Nível de estoques é o pior desde abril de 2024

Entre os quesitos integrantes do ISA, o que exerceu maior influência foi o nível de estoques, que piorou 3,1 pontos no mês, para 103,2 pontos, maior nível de estocamento da indústria desde abril de 2024 (105,3 pontos). Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável). Em menor magnitude, houve queda na situação atual dos negócios, ao recuar 0,8 ponto, para 98,4 pontos. No sentido contrário, o indicador que mede o nível atual de demanda avançou 0,9 ponto, para 102,0 pontos, quarta alta consecutiva do indicador.

Em relação às expectativas, houve melhora em todos os quesitos que compõem o índice. O indicador que mede a produção nos três meses seguintes avançou 4,2 pontos, para 101,0 pontos, maior patamar desde junho de 2022 (101,6 pontos). Em menor magnitude, os indicadores que medem o ímpeto sobre as contratações e a tendência dos negócios registraram altas de 1,7 ponto, para 99,8 pontos, e de 1,9 ponto, para 95,4 pontos, respectivamente.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) subiu 0,7 ponto percentual em maio, para 83,7%, melhor resultado desde janeiro de 2011 (84,0%).


Fonte: FGV IBRE / Divulgado em 28 de maio de 2025


Destaque – Imagem: aloart / G I

 


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