Sexta-feira | 21 de julho, 2023

A falta de emprego e a busca por oportunidades nos negócios, além da própria incapacidade de se relacionar de outras formas, levaram milhões de pessoas a desenvolverem dependência real da rede social Instagram e esse comportamento repercute a nível mundial.


Os investimentos de Zuckerberg no metaverso preveem uma queda futura do Instagram, uma das redes sociais mais populares? Ele começou devagar. O Facebook, seu precursor na estrutura da atual Meta, foi quem lhe deu nova vida. Este, por sua vez, aos poucos, foi sendo deixado de lado. Inicialmente criado para compartilhar fotos em celulares, o Instagram ainda está atrelado ao seu, digamos antecessor. Portanto, quem quiser gerar monetizações nessa rede social ainda terá necessariamente que administrá-lo via conta no Facebook. Mesmo assim, o criador deu lugar à ‘criatura’. Em um universo hiper movimentado tudo merece reflexões.

Instagrammers

Diversas são as pessoas que vivem daquilo que conseguem angariar em dinheiro compartilhando filmes, fotos e fazendo comentários sobre os mais diversos assuntos, devido ao número de seguidores que conseguem. Monetizando as visualizações dos seus perfis, vivem através dos pagamentos do Instagram. Alguns chegam a cobrar anúncios nessa rede social postando a publicidade de interessados – empresas e marcas. São os influenciadores digitais ou os instagrammers.

Empreendedores

Há empresas que também se baseiam no alcance das suas visualizações, curtidas e seguidores; sendo para muitos o parâmetro de boa aceitação e até de vendas diretas. Isso vale também para micros e pequenos comerciantes ou novos empreendedores que dentre outras razões aderem à rede social depois das decepções corporativas ou a falta de oportunidades de recolocação profissional e investem naquilo que pode lhes proporcionar alguma renda.

Dependência

A questão que fica é até quando seremos movidos e dependentes de uma rede social para pagar as contas e vender nossos produtos e ideias? Basta imaginar uma queda de energia elétrica momentânea e todos os negócios daquele dia podem ser adiados. Mas as despesas, ou seja, as contas certamente virão sem atrasos ou interrupções.

Definições

Ao contrário disso, quando o Instagram é usado de forma independente, levando a comunicação mais longe aos parentes e amigos, mostrando situações realmente espetaculares que alcançam milhares de views sem visar lucros, a rede social atinge a própria definição: “O Instagram facilita a captura, a criação e o compartilhamento do que você ama.” O contrário, pode ser estafante. Quando a rede social passa a ser a única fonte de renda e produzir vídeos ou imagens interessantes para atender à expectativa dos seguidores ou uma forma de vida e trabalho, um olhar crítico encontraria dependência e o amor passaria ao segundo plano.

E-commerce

Para a Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina, o Instagram merece a seguinte definição: “É uma rede social gratuita para compartilhamento de fotos e vídeos capazes de gerar engajamento para a sua marca. Nela, também é possível seguir usuários, curtir, comentar e compartilhar as publicações, além de dispor de várias funcionalidades, como lives, Stories, Reels etc.”. Portanto, há quem goste realmente de permanecer conectado ao Instagram o tempo todo, principalmente se der lucro.

Comportamento

A dependência das redes sociais está em debate e produz diversas opiniões. Enquanto discute-se o tema, Mark Zuckerberg logo completará 20 anos como um dos criadores do Facebook, em 2004. O Instagram não foi criado por ele e sim comprado em 2012; da mesma forma o WhatsApp, em 2014. Recentemente mudou o nome da sua empresa para Meta – visando o futuro no metaverso – e as cifras ligadas ao jovem americano atingem números estratosféricos, com seus 103 bilhões de dólares (dados da Bloomberg), que o colocam entre os homens mais ricos do mundo.

Destaque – Imagem: aloart

Clip da música ‘Are You Lost In The World Like Me?’ do cantor Moby & The Void Pacific Choir.

Apesar de se tratar de trabalho artístico, o clip viralizou nas redes sociais e está assim descrito: “O filme egípcio ‘L’altra par’ dura apenas 3 minutos e ganhou o prêmio de melhor curta metragem no festival de cinema de Veneza. O diretor tem apenas 20 anos. O filme ilustra como as pessoas se isolam na tecnologia e perdem a convivência humana.”

Bastou um rápido levantamento na internet para desconfiar, a começar pelo título. Veja o que diz o site boatos.com: “Resumindo: nem há qualquer filme egípcio chamado L’altra par, nem ele ganhou o festival de Veneza e tampouco o clipe tem este nome. O vídeo é de um clipe do cantor Moby e a mensagem é mais uma fake news que viralizou online.”