Sábado | 11 de março, 2023

Projetos de Leis que gerariam empregos, uma série de benefícios à população brasileira e já poderiam vigorar estão parados na Câmara dos Deputados.


Hoje, um esporte tradicional de origem japonesa, o Judô se espalhou pelo mundo. Essa arte marcial foi introduzida nas forças policiais e em seguida nas escolas do Japão, ainda no Período Meiji (1868 a 1912). Seu introdutor foi Gigoro Kano que fundou a Kodokan em fevereiro de 1882. Um de seus discípulos, Konde Koma, trouxe ao Brasil os ensinamentos do mestre japonês. Suas técnicas ficaram conhecidas quando a família Gracie passou a desenvolvê-las no país, sendo seus mais conhecidos precursores. Mas outros lutadores dessa época se destacam, dentre eles Oswaldo Fadda que também recebeu lições de alunos da Kodokan.

BJJ

Em síntese, com o desenvolvimento dessas técnicas, criou-se o Jiu Jitsu Brasileiro que de tão internacionalizado ganhou a sigla BJJ (Brazilian Jiu Jitsu) em inglês. Praticado na maior parte dos países do mundo, o BJJ integra o currículo escolar nos Emirados Árabes Unidos, no distante Oriente Médio, desde 2008. Mas no Brasil, onde foi criado e nasceu, projetos importantes estão encalhados nas gavetas das comissões do Congresso Nacional, há pelo menos 5 anos.

Professor de Jiu Jitsu

No dia 25 de abril de 2018, foi apresentado à Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei (PL) nº 10125/2018, pelo Deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), que “Dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de Professor de Jiu Jitsu”. O PL tramitou – naquele ano e em 2019 – pelas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e Constituição e Justiça e de Cidadania. Está parado.

Patrimônio Esportivo e Cultural

Em 22 de outubro de 2019, o Jiu Jitsu brasileiro chegou às Comissões de Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania. O intuito é que o esporte fosse declarado “Patrimônio Esportivo e Cultural Imaterial do Brasil”. A proposta foi feita dias antes, em 03 de outubro de 2019, através do PL nº 5374/2019 pelo deputado federal Delegado Antônio Furtado (PSL/RJ). Está parado.

Jiu Jitsu no Ensino Fundamental

Com texto que inclui “a prática do Jiu Jitsu como opção nos currículos de todas as séries do ensino fundamental”, o PL nº 4478/19 chegou à Câmara dos Deputados no dia 6 de abril de 2020. “A arte marcial traz benefícios à saúde física, ao equilíbrio mental e à interação social. Também possui potencial para enriquecer o processo educativo”, disse à época o propositor do projeto, senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Aprovado pelo Senado em 2019 está parado na Câmara dos Deputados.

Comissões

Apesar de o número de comissões pelas quais os projetos em prol da arte marcial já tramitaram serem bastante significativos, as matérias estão paradas. Ainda em 2020, o ex-deputado federal João Roma (Republicanos-BA) requereu urgência para a apreciação do PL nº 4478/2019 do senador Chico Rodrigues, cujo texto já foi aprovado no Senado é importante frisar. Diversos deputados assinaram o requerimento, totalizando 11 parlamentares. Parados no Congresso Nacional, esses projetos poderiam gerar empregos, com a contratação de inúmeros faixas-pretas aptos a ensinar aos pequenos nas escolas. Todavia, ao contrário da eficiência do Jiu Jitsu quanto à educação e disciplina – reconhecida mundialmente –, a população brasileira carece desses benefícios, enquanto aguarda as decisões das comissões congressistas, há 5 anos.


Destaque – O Jiu Jitsu pode ser praticado por homens, mulheres, crianças e idosos; conforme suas condições físicas e limitações, criando um universo de possibilidades. A aprovação das legislações paradas no Congresso brasileiro, se devidamente analisadas e possivelmente aprovadas, trariam enormes benefícios à população e ainda gerariam uma gama de empregos. Foto: aloimage