1º de outubro de 2013
Às 16h30 do dia 21/06, a reportagem do Alô Tatuapé seguiu a pé pela Rua Cantagalo e depois pela Rua Serra de Bragança, desde a confluência com a Rua Mont Serrat. A situação era de calma e tranquilidade, com poucos veículos transitando – situação totamente adversa do que se vê numa sexta-feira nesse horário do agitado bairro do Tatuapé.
Gerson Soares
Caminhando, constatamos que o assunto nas ruas era a manifestação programada para aquela tarde na Praça Silvio Romero. Nas conversas, notamos os semblantes carrancudos, com a situação do país.
Ao atingirmos a Rua Coelho Lisboa, já na Silvio Romero, acompanhamos a chegada da faixa que já parava o trânsito (foto) e a seguimos até o encontro com algumas dezenas de pessoas que já estavam na famosa praça. Assim que chegou, os manifestantes se aglutinaram ao lado dos outros que carregavam o emblemático protesto contra a PEC37, que tira o poder do Ministério Público, que com coragem vem colocando os políticos no banco dos réus.
Em pouquíssimo tempo, mais e mais pessoas se juntavam ao encontro marcado para as 17h. Logo, milhares estavam gritando palavras de ordem, trazendo cartazes de todos os matizes. Inclusive um que dizia: “Fora Dilma”.
“Saude, educação e trabalho”, cantavam em coro. Para os manifestantes, a Copa é carta fora do baralho. E assim eles se manifestaram pacificamente, pedindo: “Sem vandalismo, sem vandalismo”, que realmente não houve.
“Da minha geração não tem mais ninguém”, nos disse um simpático senhor ao lado do amigo (foto). Talvez, em seu coração e no espírito, estivesse a vontade e o clamor de ver um Brasil melhor e mais justo que através dos seus longos anos não pode ver; juntando-se aos jovens, representou sua geração com a esperança renovada.
Dias depois de acompanharmos esse movimento, por motivos técnicos no servidor nosso site saiu do ar e não pudemos concluir as reportagens. Mas por motivo histórico faremos as publicações agora.
Depois das manifestações acirradas contra a indecente proposta da PEC37, para a qual o Brasil disse não, ela foi retirada da pauta de votação. Várias reivindicações foram contornadamente atendidas, mas com certeza o governo federal ouviu as vozes nas ruas.