Sexta-feira | 11 de agosto, 2023

Aproveite os últimos dias para praticar hanami, experimentar os quitutes da cozinha japonesa e o contato com a natureza, porque a floração das cerejeiras só acontece uma vez por ano.


Nos meses de julho e agosto as flores de cerejeira desabrocham no Brasil, proporcionando um espetáculo de cores. Na capital paulista, o Parque do Carmo é famoso pelo seu Sakura Matsuri ou Festival da Cerejeira. Neste final de semana ainda dá tempo de participar da 43ª Festa das Cerejeiras e 3º Festival das Estrelas Tanabata que acontecem até domingo (13), no parque localizado em Itaquera, o horário das 9h às 17h, com entrada gratuita. Um grande público se dirige ao local anualmente e a CET monitora o trânsito.

Pedidos levados às estrelas

Quem quiser aproveitar a oportunidade poderá saborear pratos típicos da cozinha japonesa e apreciar a beleza das flores. Os japoneses chamam essa prática de “hanami” – a arte de observar as flores. Como atração paralela à festa, acontece o 3º Festival Tanabata, onde os visitantes podem escrever seus pedidos em tiras de papel consagradas aos “tanzakus”, que na cerimônia de encerramento serão queimadas, levando seus pedidos às estrelas.

Sakura

“Três variedades da Sakura se adaptaram bem ao clima Brasileiro, a Okinawa, a Himalaia e a Yukiwari, que podem ser encontradas no Bosque das cerejeiras no Parque do Carmo. A Flor de Cerejeira simboliza o amor, a felicidade, a renovação e a esperança. No Japão, conhecida como “Sakura”, é um símbolo nacional, e há registro de mais de 300 variedades”, destacou Roberto Sekiya no nippobrasilia.

Fruto do Ume

O Sakura Matsuri, originalmente, era uma festival para comemorar a colheita do fruto do Ume, anunciando a estação de plantação de arroz. Conhecido como damasco japonês, o fruto tem o formato parecido ao de um mini pêssego e é muito utilizado no Japão. “Nestas ocasiões, as cerejeiras em flor ofereciam sua beleza, banquetes eram organizados sob suas copas, regados a saquê e iguarias preparadas com muito esmero, como o dangô e o bentô,” escreveu Mamoru Matsuda.

Filosofia

“Este ambiente florido de cerejeiras propiciava, também, aos apreciadores da arte de escrever, expressar em poemas um paralelo entre a exuberância e a efemeridade da flor e a transitoriedade da vida. As flores de sakura, por durarem apenas duas semanas, mostravam assim que, como na vida, as coisas são passageiras, mas são muito intensas, que devem ser aproveitadas ao máximo em seu período de vigor e de cultivar a gratidão pelo que a natureza e a vida nos oferecessem,” descreveu Matsuda.


Fonte: Nippo Brasília, por Mamoru Matsuda e Roberto Sekiya


Mais informações sobre a 43ª Festa das Cerejeiras no Parque do Carmo: endereço, como chegar e atrações clique aqui (link da página da Prefeitura de SP).


Destaque – Imagem: aloart