Guarapiranga, o segundo maior sistema produtor de água de São Paulo

Vista panorâmica da construção da Barragem da Represa Guarapiranga, antes denominada Represa Santo Amaro. 1908

Vista panorâmica da construção da Barragem da Represa Guarapiranga, antes denominada Represa Santo Amaro. 1908

Diferente dos demais sistemas de abastecimento de água que atendem São Paulo, a represa do Guarapiranga foi construída com uma finalidade diferente: regularizar a vazão do rio Tietê e aumentar a capacidade de geração de energia da Usina de Santana de Parnaíba (1901), a primeira hidrelétrica a abastecer o Estado de São Paulo e que tinha sua produção comprometida em épocas de estiagem. Por este motivo, a companhia canadense Light – responsável pelos serviços de produção e distribuição de energia elétrica na capital na época – iniciou, em 1906, a construção do lago artificial do rio Guarapiranga, que ficaria pronto em 1909.

Em foto atual, a vista aérea da ocupação desordenada nas margens da Bacia do Guarapiranga. Odair Faria. Acervo Memória Sabesp

Em foto atual, a vista aérea da ocupação desordenada nas margens da Bacia do Guarapiranga. Odair Faria. Acervo Memória Sabesp

Somente em 1927, em virtude do problema de falta de água e na demora na execução das obras do Sistema Rio Claro, a Guarapiranga se tornou alvo de estudos para o abastecimento público. As obras de adução duraram 11 meses e em 1929 foi inaugurada a primeira adutora. Em 1948, foi dado início à construção de uma segunda adutora que dobraria o volume de água captado. A partir da década de 60, a ocupação desordenada às margens do reservatório se tornou o principal desafio do Sistema Guarapiranga, que é hoje o segundo maior da região metropolitana em produção de água.

 

Fonte: FES – São Paulo