Segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018 às 21h16
Além da forma exótica como se apresenta, ela também ficou conhecida por alegar que exercia trabalho escravo com a impossibilidade do acúmulo de dois salários em cargos públicos que lhe renderiam 61,4 mil reais por mês.
A pobre ex-ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, deixa o cargo onde recebia 33,7 mil reais – o teto máximo permitido ao funcionalismo público pela Constituição – e em seu lugar assume interinamente o chefe da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que acumulará as duas funções. A exoneração de Luislinda será publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União.
Nomeada em fevereiro de 2017, antes ela era secretária Nacional de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Justiça. No ano passado, a desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça da Bahia, onde recebe R$ 30.471,10, foi alvo de zombarias dos brasileiros nas redes sociais, depois da sua afirmação de estar exercendo trabalho escravo, diante da negativa que não lhe permitiu acumular os salários de ambos os cargos. Juntos, alcançariam a soma de 61,4 mil bruto por mês.
A reclamação estendeu-se por 207 páginas, onde conclui que sem o acúmulo salarial exerceria “trabalho análogo à escravidão”. De acordo com a Coluna Estadão, em novembro do ano passado a ministra disse que essa situação, “sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo, o que também é rejeitado, peremptoriamente, pela legislação brasileira desde os idos de 1888 com a Lei da Abolição da Escravatura”.
Conforme noticiou hoje (19) a Agência Brasil, Luislinda era filiada ao PSDB até dezembro do ano passado. Quando o partido se dividiu a respeito do rompimento com o governo de Michel Temer, dois ministros entregaram os cargos. Ela optou pela desfiliação do partido e continuou no cargo, mesmo com o salário de R$ 3.292,00.
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