Há muito mais para conhecer sobre os escandinavos e os seus feitos no mundo antigo. Exímios navegadores, além de guerreiros, Leif Erikson – filho de Erik, o Vermelho – foi o primeiro europeu a pisar na América do Norte, dando-lhe o nome de Vinland – Terra Nova ou Terra da Vinha. Ao chegar ao ‘lugar’ que hoje conhecemos como Canadá, o chamou de Markland ou Terra da Floresta. Na marina de Shilole Bay em Seatle, EUA, há uma estátua em sua homenagem.
Os vikings cativam a imaginação de todas as idades há séculos – e talvez mais agora do que nunca, por meio de filmes e séries de TV como “The Northman” e “Vikings: Valhalla” ou a saga de Ragnar, na série “Vikings”. Frequentemente retratados como guerreiros sanguinários, há muito mais a se pensar sobre esses escandinavos navegadores, que também eram agricultores dedicados, mestres construtores de navios e artesãos habilidosos.
A dramática história dos vikings remonta a 700 d.C. e se estende até o século XI. Então, de onde vieram os vikings e qual era sua agenda? Deixando suas terras natais na Escandinávia – Suécia, Noruega e Dinamarca – esses destemidos navegadores partiram em navios longos habilmente projetados para comerciar e atacar – e encontrar lugares melhores para viver. Eles atravessaram os litorais da Europa, reivindicando territórios em países como Grã-Bretanha, França, Espanha, Itália e as atuais Ucrânia, Bielorrússia e Rússia.
Figurativamente, a palavra Viking se traduz como “ataque pirata” na língua nórdica antiga, e os vikings eram temidos, com razão, por seus ataques implacáveis. No entanto, os vikings eram muito mais sutis do que sua reputação aterrorizante. De espírito livre, corajosos e inovadores, eles eram verdadeiros exploradores e viajaram pelo mundo até a América do Norte e a Ásia.

Museu Viking de Foteviken, Skåne. Saiba mais sobre os vikings e como eles viviam na vila viking de Foteviken, um museu a céu aberto em Escânia. Foto : Cheyenne Olander/Aifur
E enquanto as histórias vikings mais bárbaras – retratando um nível desavergonhado de ganância, violência e crueldade – tendem a dominar a cultura popular hoje, a maioria dos vikings levava uma vida pacífica, no estilo de fazendeiros, perto da natureza com suas famílias, com mulheres fortes à frente. As mulheres da Era Viking tomavam conta das fazendas enquanto os homens navegavam – a menos que escolhessem se juntar a eles como donzelas escudeiras. Elas também tinham mais direitos do que outras mulheres da época, livres para se divorciar de seus maridos, por exemplo.
Além de cultivar e criar animais, os vikings eram criativos e focados no artesanato. Eram ourives experientes e gostavam de usar joias e ornamentos feitos de prata, ouro e outros metais. Extremamente engenhosos, eles usavam cada pedaço de material natural para criar tecidos e objetos como o famoso “chifre de beber” dos vikings, feito com os chifres de seus animais de fazenda. Essa atitude de “volta ao básico”, focada no artesanato, se reflete na sociedade sueca atual, com a sustentabilidade e a engenhosidade se tornando cada vez mais importantes.
Destaque – Cena da série Vikings: Valhalla, da Netflix — As técnicas inovadoras dos vikings como construtores de navios ainda são usadas hoje. Crédito da foto: Bernard Walsh / Netflix © 2021



