Segunda-feira, 13 de agosto de 2018, às 19h52


Não é novidade que o leite materno é um banquete completo para aqueles que estão no começo da vida e em fase de desenvolvimento. Mas o que muitos não sabem é que em 1º de agosto é comemorado o Dia Internacional da Amamentação, uma data criada para conscientizar as mamães sobre a importância do ato.

Durante seus primeiros meses de vida, o bebê precisa receber a maior quantidade de nutrientes possíveis e necessários para o seu crescimento e imunidade. Todas essas substâncias estão presentes no leite materno e podem fazer falta no leite artificial.

 

O importante é que a mãe consiga encontrar, para ela e para o bebê, a melhor forma de amamentar. Foto: divulgação / SBP

 

De acordo com o pediatra Marun David Cury, diretor de Defesa Profissional da APM (Associação Paulista de Medicina) e da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a carga imunológica que o bebê adquire durante a amamentação é levada para o resto da vida. Por isso, é importante que a mãe preste atenção em algumas dicas, para que a alimentação aconteça de maneira correta.

A começar pelos cuidados com a saúde, é recomendável que a mãe tenha uma alimentação balanceada, comendo alimentos nutritivos e de costume (arroz, feijão, carne, frutas). Mas sempre evitando comidas muito “extravagantes”, como feijoada, e bebidas alcóolicas e cigarro, pois podem passar para o bebê através do leite.

Outra preocupação das mamães é saber se o recém-nascido foi alimentado adequadamente. De acordo com Marun, o bebê deve ser amamentado de 3 em 3 horas, durante 15 a 30 minutos. Além disso, é aconselhável que a mãe consulte mensalmente o pediatra para avaliar se a criança está tendo um ganho de peso satisfatório.

No entanto, é preciso lembrar que a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que a amamentação vá até um ano de idade. Após isso, é necessário que a criança passe a ter uma refeição mista, já que o leite deixa de ser suficiente.

O pediatra ainda dá algumas instruções em relação a melhor posição para a amamentação. A mãe precisa estar confortável, com o filho apoiado no braço e colocado no seio. “Sempre que possível, deixando de uma maneira que o bebê possa ver a mãe também, pois eles gostam de olhar nos olhos dela”, acrescenta Marun.

Apesar disso, nem sempre tudo ocorre “às mil maravilhas”. Há ainda casos de mulheres que sentem dores durante a ação ou que possuem o bico do peito invertido. Em relação às dores, o médico aponta para o relaxamento da mãe enquanto amamenta e um autoexame com o objetivo de identificar alguma fissura no bico. “Às vezes a mãe retém leite e isso dá mastite, ou seja, uma inflamação na mama e provocar dor. Normalmente, o ato de sugar gera certo desconforto, mas não costuma doer”.

Já para aquelas que possuem o bico do peito invertido, alguns adaptadores de silicone podem ajudar. Outra dica é fazer uma massagem, com a ajuda de uma especialista, em volta do bico, principalmente na aréola, com o propósito de que o bico salte para fora e ajude na sucção do bebê.

O importante é que a mãe consiga encontrar, para ela e para o bebê, a melhor forma de amamentar, já que os benefícios da amamentação não se restringem somente aos pequenos. “Do ponto de vista emocional, a mãe se sente reconfortada por conseguir alimentar o seu filho”, destaca Marun.

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