Segunda-feira | 19 de setembro, 2022

Os dados foram divulgados no dia 14 pelo órgão. Na comparação com 2021, sete atividades tiveram recuo.


O volume de vendas do comércio varejista no país recuou 0,8% em julho, na comparação com junho, apresentando o terceiro mês consecutivo de taxa negativa. No acumulado de 2022, o varejo registra variação de 0,4%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula queda de 1,8%. Os dados integram a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas em julho caiu 0,7% frente a junho e 6,8% contra julho de 2021.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira queda seguida após meses de alta demonstra a retomada da trajetória irregular detectada desde o período mais grave da pandemia. “O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade”, explica. O mês de abril foi o último com crescimento. Desde então, maio, junho e julho acumulam recuo de 2,7%.

 

 

Artigos de uso pessoal e doméstico tiveram a menor queda

Das 10 atividades pesquisadas, nove apresentaram queda, contando com o varejo ampliado. O maior recuo foi em Tecidos, vestuário e calçados (-17,1%). As demais quedas foram em móveis e eletrodomésticos (-3,0%), Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%), Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-1,4%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%). Já no comércio varejista ampliado, ambos os setores tiveram queda: Veículos e motos, partes e peças (-2,7%) e Material de construção (-2,0%). Apenas a atividade de Combustíveis e lubrificantes (12,2%) mostrou crescimento.

Na comparação interanual, recuo de 5,2% atingiu sete das 10 atividades

A PMC de julho também mostra que, na comparação com julho de 2021, o comércio varejista caiu 5,2%. As taxas negativas apareceram em sete das 10 atividades catalogadas (contando o comércio varejista ampliado). Destaque para Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-28,7%), Tecidos, vestuário e calçados (-16,2%) e Móveis e eletrodomésticos (-14,6%). Também tiveram queda as atividades de Equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-0,4%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%).

No comércio varejista ampliado, ambos os setores caíram: Veículos e motos, partes e peças e Material de construção, com recuos de 8,5% e 13,7%, respectivamente.


Com informações da Editoria de Estatísticas | Por Caio Belandi


Destaque – Setor de vestuário e calçados teve a maior queda do comércio em julho. Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias