Sábado | 18 de setembro, 2021
Considerada um patrimônio culinário histórico, a ilha esteve no centro de treze impérios diferentes e cada um deles deixou sua marca na gastronomia siciliana.
Diz a lenda que os habitantes nativos viram sua ilha sendo invadida tantas vezes que simplesmente desistiram de guerrear contra os invasores e passaram adotar suas culturas. Talvez, deva-se a isso sua miríade culinária. Também se afirma que o primeiro tratado gastronômico do mundo surgiu na Sicília.
Lendas à parte, para entender os sabores encontrados nessa que é a maior ilha do Mar Mediterrâneo, antes de tudo é preciso ter em mente que essa terra foi colonizada, invadida ou habitada pelos fenícios, gregos, romanos, normandos, árabes, espanhóis e magrebs (norte africanos) e logicamente da Itália – como a conhecemos mais recentemente.
“Pani cunzatu” preparado na vila costeira de Scopello (Castellammare del Golfo). Foto: Daniele Pugliesi / Wikicommons
Fantástica gastronomia
A Sicília esteve no centro de treze impérios diferentes nos últimos três milênios, recebendo contribuições culturais, religiosas e consequentemente gastronômicas. Essas misturas étnicas, os modos dos preparos e a rica herança cultural elevaram a cozinha siciliana a um patamar único, original.
Os pratos da Sicília compõem-se em uma vasta lista de combinações. No Brasil, o limão siciliano já é popular. Lembramos facilmente dos canollis ou dos pães caseiros, como o “pani cunzatu”. Com a diferença que nas áreas montanhas da Sicília ele é preparado em fornos à lenha. Os imigrantes italianos também trouxeram várias receitas sicilianas na bagagem e elas se incorporaram ao nosso dia a dia.