Sexta-feira, 30 de setembro de 2016, às 20h14
A Várzea do Carmo era a área alagadiça do Rio Tamanduateí, em cujas mansas margens se congregavam as lavadeiras, para esfregar e alvejar roupas. As casas que tinham os fundos voltados para o rio eram providas de escadarias, onde os moradores iam pescar e atracavam suas canoas e barcos.
No Tamanduateí houve navegação, ainda que restrita pela pouca profundidade das águas, sendo célebre o porto que existiu no fim da Ladeira Porto Geral, antigo Beco das Barbas, onde atracavam as embarcações trazendo mercadorias que eram transportadas por barcos e canoas abertas em troncos de árvores.

Fonte e Imagem: Livro “Lembranças de São Paulo – A capital Paulista nos cartões-postais e álbuns de lembranças”. Publicado sob autorização dos autores.
No início do século XX, o prefeito Antônio Prado canalizou e aprofundou o leito do rio corrigindo seu curso e causando o desaparecimento dos portos. A Ponte do Carmo sobre o Rio Tamanduateí, caminho para o bairro do Brás, era de madeira originalmente, mas, constantemente arrastada pelas enchentes, foi substituída em 1895 por uma de cantaria com um arco e por outra de alvenaria em 1903, por sua vez demolida em 1929.

Rio Tamanduateí, no bairro da Ponte Pequena, quase junto ao ponto de confluência no rio Tietê. 27/1/1900. Foto de Guilherme Gaensly
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