Prefeitura distribuirá aparelhos para melhorar qualidade de vida de crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 na capital. Lei sancionada no dia 29 de setembro pelo prefeito Ricardo Nunes prevê fornecimento de sensores de monitoramento contínuo de glicose na rede pública de saúde de São Paulo.


Para ter acesso aos dispositivos, é preciso estar inscrito no CadÚnico, e o encaminhamento para a colocação dos aparelhos será feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). A implantação ajuda a melhorar muito o dia a dia de crianças. O dispositivo possui alarme que emite um alerta no celular da mãe ou responsável pela criança quando o nível de glicose diminui, fornecendo informações para poder atuar.

O sensor medidor contínuo de glicose é implantado na pele para o monitoramento constante dos níveis de glicose no sangue, o que elimina a necessidade de picadas diárias nos dedos e garante precisão e conforto na gestão do diabetes. O aparelho realiza de 10 a 15 medições por dia (sendo uma após cada refeição) e de 3h às 6h, durante a madrugada. As medições ocorrem a cada 5 minutos para permitir que seja traçada uma curva de tendências glicêmicas.

Diabetes em crianças

O diabetes ocorre quando o pâncreas não produz insulina (hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue) ou quando não usa de forma eficaz a que produz. É uma doença caracterizada pelo comprometimento do metabolismo da glicose.

O diabetes tipo 1 ocorre quando o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina e, geralmente, surge na infância ou na adolescência, mas pode ser diagnosticado na fase adulta. Seu tratamento é feito com insulina, medicamentos, alimentação saudável, fracionada e adequada, regular e regrada, e com exercícios físicos para auxiliar no controle do nível da glicose.

No Brasil, 1,1 milhão de crianças e adolescentes têm a doença, o que coloca o país em terceiro lugar no ranking mundial da doença na faixa etária infanto-juvenil. Estima-se que entre 5% e 10% do total de diabéticos sejam portadores do tipo 1. A doença é uma condição autoimune em que o sistema imunitário ataca as células do pâncreas que produzem insulina.

Qualidade de vida para as crianças

A implantação ajuda a melhorar muito o dia a dia de crianças como o Lucas, de 5 anos, portador de diabete tipo 1. Samina Sousa Chaves, da Comunidade DM1, associação voltada aos pacientes da doença, relata que após o sensor, a vida de toda a família mudou para melhor.

“A gente furava o dedinho dele 12 vezes por dia, inclusive durante a madrugada, a cada três horas. Com esse aparelho temos a indicação se a glicemia está caindo e o quanto temos que aplicar de insulina. É outra vida. O sensor ainda tem um alarme e na escola, na mesma hora que a professora medir, a gente vai receber em casa o resultado. Isso nos dá mais previsibilidade para saber como trabalhar e a observar melhor os sinais. É realmente qualidade e expectativa de vida”, explicou Samina que participou da cerimônia de assinatura no gabinete do prefeito.


Destaque – Foto: Gildson di Souza /SECOM


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