O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que determina a inflação oficial do país, ficou em 0,56% em março; em fevereiro foi de 1,31%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (11) pelo IBGE. A taxa foi a maior dos últimos dois anos para o mesmo mês (0,71%). Em março de 2024, a variação havia sido de 0,16%.
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram aumentaram na passagem de fevereiro para março. O grupo Alimentação e Bebidas teve alta de 1,17%, responsável pelo maior impacto no índice do mês, respondendo por cerca de 45% do IPCA de março.
Veja mais abaixo como ficou o INPC que se refere às famílias que ganham de 1 a 5 salários mínimos.
O resultado de março eleva o acumulado de 12 meses do IPCA para 5,48%, valor acima do teto da meta de inflação adotada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é 3% para 2025.
Pesado no bolso
O grupo Alimentação e Bebidas acelerou de 0,70% em fevereiro para 1,17% em março, com a alimentação no domicílio registrando 1,31%. Contribuíram para esse resultado as altas do tomate (22,55%), do ovo de galinha (13,13%) e do café moído (8,14%). No lado das quedas, destacam-se o óleo de soja (1,99%), o arroz (1,81%) e as carnes (1,60%).
A alimentação fora do domicílio (0,77%) também acelerou em relação ao mês de fevereiro (0,47%), com os subitens refeição (0,86%) e cafezinho (3,48%) mostrando variações superiores às observadas no mês anterior (0,29% e 0,47%, respectivamente).
Despesas pessoais (0,70%) foi o grupo com a segunda maior variação no mês. No grupo Vestuário (0,59%), houve aumento nos calçados e acessórios (0,65%), na roupa feminina (0,55%), na roupa masculina (0,55%) e na roupa infantil (0,29%).
INPC fica em 0,51% em março
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), calculado desde 1979 pelo IBGE, se refere às famílias com rendimento de 1 a 5 salários mínimos (R$ 1.518 a R$ 7.590), sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Em março, houve alta de 0,51%. No ano, o acumulado é de 2,00% e, nos últimos 12 meses, de 5,20%, acima dos 4,87% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em março de 2024, a taxa foi de 0,19%.
Os produtos alimentícios aceleraram de fevereiro (0,75%) para março (1,08%). A variação dos não alimentícios passou de 1,72% em fevereiro para 0,32% em março.
Quanto aos índices regionais, a maior variação ocorreu em Curitiba (0,79%), influenciada pela alta da gasolina (1,84%). A menor variação ocorreu em Brasília (-0,33%), com a redução de 24,18% no ônibus urbano.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 27 de fevereiro de 2025 a 31 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (base).
Destaque – Imagem: aloart / G I