Quarta-feira, 30 de março de 2016 às 17h41
Tudo leva a crer que uma profunda investigação pelo Ministério Público e a Polícia Federal no BNDES, assim como está ocorrendo com a Petrobras, levará o país a surpresas ainda maiores do que as atuais, no que diz respeito a desvio de verbas públicas.
Gerson Soares
Protesto contra a corrupção usa laser para projetar dizeres no prédio do Congresso Nacional, em alusão ao sigilo nas apurações sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES). Três dos quatro relatórios setoriais apresentados por sub-relatores da CPI do BNDES, apontaram irregularidades na concessão de financiamentos a empresas privadas, favorecimentos e tráfico de influência nas operações.
Além disso, os relatores acusam o banco de distorcer o mercado com a política de formar empresas “campeãs nacionais”, adotada pelo banco nos últimos 13 anos, durante o governo petista. Uma dessas empresas é a Friboi do Grupo JBS que doou 253 milhões nas campanhas de 2014 para Dilma e Aécio e elegeu 31% da Câmara dos Deputados (número maior que as bancadas do PT e PMDB juntas). Segundo o dono da empresa, Joesley Batista, o investimento foi para “um Brasil melhor”, o que provocou risos à época da declaração.
A Friboi, campeã nacional, recebeu 8 bilhões em financiamentos do BNDES. No quadro abaixo (divulgada pela Agência Câmara de Notícias), leia o relatório final da CPI, publicado em 25 de fevereiro, que dá as diretrizes a serem seguidas pelo Ministério Público, a fim de investigar as ações do banco.
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