Dentre as curiosidades sobre a linhaça, cujos primeiros relatos remontam a 5.000 a.C. na Mesopotâmia, é comum encontrarmos uma frase de Mahatma Gandhi (1869–1948) que diz: “No lugar onde a linhaça se converter em um alimento habitual para o povo, melhorará a saúde da população”.

 

Campo de linho em floração. Hampshire, Inglaterra. Foto: Herry Lawford. Foto: Flickr / Stocks

 

Outra forma de exaltar o consumo dessa herbácea faz menção ao rei dos francos Carlos Magno (747–814), considerado o maior soberano da Europa medieval, primeiro monarca a reinar sobre quase toda a Europa ocidental e central. Destacando-se pelo valor guerreiro e habilidade política, também cercou-se de eruditos. No século VIII, dentre outras leis, ele decretou o consumo de semente de linhaça aos seus súditos para que conservassem a saúde.

Na 62ª reunião da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) em Julho de 2010, no quesito Nutrição, um dos alimentos abordados foi a semente de linhaça – além do gergelim, quinoa e jerimum, chamados de alimentos funcionais. Durante o encontro, conclui-se que pode-se assim denominá-los por apresentarem propriedades protetoras da saúde, mas também apontou-se para formas seguras de consumo, “uma vez que as sementes são ricas em compostos antinutricionais (...) que comprometem a sua qualidade nutricional ao provocarem efeitos deletérios ao organismo”.

 

Barra de cereais com linhaça. Foto: Wikipedia

 

Ou seja, para consumir os derivados das sementes de linhaça (óleo e farinha) ou qualquer outro alimento com o intuito de que isso promova benefícios à boa forma do corpo, procure a orientação de uma nutricionista ou informe-se com seu médico se não há problemas em consumí-los.

Existe um mito sobre diferenças entre as sementes marrons e douradas, que geram farinhas da mesma coloração, cujos preços do quilo variam, de forma que a primeira tem o valor menor. Segundo especialistas não há nenhuma, a não ser no preço e na adaptação ao tipo solo. No Brasil a que melhor se adaptou foi a marrom, mas a dourada também já é plantada.

 

Linhaça in natura, óleo e sementes. Foto: Wikimedia Commons

 

A linhaça esbanja poder vitamínico e mineral. Em suas composições encontramos propriedades funcionais e também medicinais, graças a compostos antioxidantes, anticancerígenos e renovadores celulares, entre eles os ômega 3 e 6, gorduras poliinsaturadas não produzidas pelo corpo, fibras solúveis, vitaminas B1, B2, C, E, caroteno, ferro, zinco e alguma quantidade de potássio, magnésio, fósforo e cálcio.