Quarta-feira, 10 de maio de 2017 às 19h48


De acordo com a Prefeitura da Cidade de São Paulo, o serviço ofertará acolhimento e atendimento qualificado a moradores em situação de rua e seus animais de estimação. Perto dali, a região possui um bolsão de moradores de rua que a cada dia fica mais perigoso e se transformou em ameaça constante aos pedestres que já foram roubados inúmeras vezes.

Gerson Soares

As inúmeras barracas e construções improvisadas ficam ao lado da linha férrea e do Viaduto Bresser na Radial Leste, onde o uso de drogas e ocorrências policiais são constantes. O bolsão, se assim podemos chamá-lo, é vizinho da Escola Theobaldo De Nigris da rede SENAI – por onde circulam milhares de jovens e adultos em três períodos (manhã, tarde e noite) – e do IBCC - Instituto Brasileito de Controle do Câncer. O perigo é constante para alunos e funcionários dessas instituições, assim como aos transeuntes e motoristas, que são ameaçados com facas e atitudes agressivas nos pontos de ônibus, sendo praticamente obrigados a fornecer dinheiro e entregar celulares.

 

Fachada do CTA - Centro Temporário de Acolhimento – Brás que está localizado no final do Viaduto Alcântara Machado, próximo à Rua Piratininga. Fotos: Leon Rodrigues/SECOM

 

O CTA pode aliviar o problema, partindo do princípio de que o prefeito João Doria tem visado a reintegração social das pessoas beneficiadas pelos programas da Prefeitura, dando-lhes oportunidade para voltarem a serem úteis, trabalhando. Nas imagens que veremos no final desta postagem, o morador de rua samir Ali Ahmed Sati, 40, que foi agredido covardemente pelo GCM José Rivanilson de Jesus, 39, no último dia 3 – matéria comovente divulgada amplamente nas redes sociais e na mídia. Segundo a assessoria do órgão municipal, ele também terá oportunidade para progredir na vida e está abrigada no novo CTA.

Leia a seguir, matéria completa divulgada pela Prefeitura.

 

CTA para pessoas em situação de rua é inaugurado no Brás

SECOM | Prefeitura da Cidade de São Paulo / Fotos: Leon Rodrigues

O prefeito João Doria inaugurou nesta quarta-feira (10) o primeiro Centro Temporário de Acolhimento (CTA) para pessoas em situação de rua, localizado na Avenida Alcântara Machado, 729, zona Leste de São Paulo. O serviço 24 horas será mantido por meio de parceria entre a administração municipal e a Associação de Auxílio Mútuo da Região Leste (Apoio), ofertando 164 vagas de acolhimento e outras 100 vagas de convivência.

“Este é o primeiro CTA. Temos responsabilidade de inaugurar a partir de agora um centro por mês, com capacidade de atender 200 pessoas em situação de rua. Aqui, eles são acolhidos de forma humanitária, para que possam iniciar uma nova etapa em suas vidas”, afirmou Doria.

 

Inauguração do CTA - Centro Temporário de Acolhimento – Brás. Foto: Leon Rodrigues/SECOM

 

O CTA poderá receber 102 homens e 62 mulheres para passar a noite em um sistema de alojamento, com espaços delimitados por divisórias e sem portas, com as áreas femininas e masculinas totalmente isoladas. O térreo também conta com dois dormitórios acessíveis com capacidade para duas pessoas cada, sendo um feminino e um masculino. Os banheiros são em estilo vestiário.

O espaço foi totalmente adaptado para receber os novos conviventes após passar por reformas com a adequação das redes de esgoto e elétrica, delimitação das salas de atendimento, cozinha, ambulatório, etc. As obras receberam R$ 350 mil em investimentos da Lavvi Empreendimentos e o serviço também contou com R$ 50 mil em doações de eletrodomésticos da Whirlpool, R$ 870 mil em móveis e equipamentos da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, R$ 100 mil em produtos da Condor e mais R$ 10 mil da empresa Petz, todos sem contrapartida para o município.

Os conviventes que chegarem com seus animais de estimação poderão deixá-los em 11 baias, de diferentes tamanhos, enquanto passam a noite. O atendimento dos animais ficará sob a responsabilidade dos voluntários indicados pelas ONGs parceiras que ajudaram no planejamento do espaço durante o projeto. A empresa Petz doou equipamentos e treinamento para os funcionários.

A equipe é composta por 33 colaboradores, que exercem as funções de gerente de serviço, assistente técnico, assistentes sociais, técnico especializado, técnico especializado em informática, psicólogo e agentes operacionais.

O CTA também ofertará 100 vagas de convivência durante o dia, com oficinas de capacitação, informática e palestras e será um dos pontos de qualificação para o programa Trabalho Novo, que prevê a inserção de 20 mil pessoas em situação de rua no mercado de trabalho até o fim do ano - 477 já estão trabalhando com um índice de retenção de 94%, outras dez mil vagas junto a empresas de diversos segmentos já estão captadas.

Os primeiros conviventes encaminhados para o serviço são os moradores em situação de rua que estavam na região do Viaduto do Chá, na Sé, na Mooca e na Praça 14 Bis. As pessoas que estão inseridas no Programa Trabalho Novo também receberão acolhimento no CTA. O procedimento vai permitir que os conviventes possam trocar experiências e também irá facilitar a logística das equipes da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social para que possam acompanhá-los individualmente.

“A criação deste espaço vem de uma proposta de deixar São Paulo mais humana. Ao invés de dar somente assistência, queremos fazer o desenvolvimento social, com a capacitação sócio emocional e o encaminhamento para oportunidades de emprego. Quando eles tiverem renda suficiente, poderão sair do CTA com o apoio do programa de aluguel social”, disse o secretário Filipe Sabará (Assistência e Desenvolvimento Social).

A inauguração do CTA é mais uma das ações da atual gestão para a requalificação e ampliação dos serviços que ofertam acolhimento à população em situação de rua, melhorando a qualidade de vida e proporcionando uma rotina de atividades com a oferta de oportunidades de estudo e emprego.

Inauguração do CTA - Centro Temporário de Acolhimento – Mooca. Foto: Leon Rodrigues/SECOM

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Estudo destaca que mudanças simples garantiriam mobilidade e maior autonomia para a crescente população de idosos da capital paulista. Foto: Wikimedia Commons

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