Segunda-feira, 4 de maio de 2015, às 07h59


Edição: Alô São Paulo

Museu Louwman – Localizado na cidade de Haia, na Holanda, conta com uma coleção de quase 300 carros antigos, colecionados em 125 anos de atividades. Hoje, iremos conhecer a história de uma das mais antigas raridades automobilísticas do mundo, um automóvel a vapor fabricado no ano de 1887, na França.

DE DION-BOUTON & TREPARDOUX
STEAM QUADRICYCLE – 1887

Este é um dos mais antigos automóveis sobreviventes no mundo. Está equipado com uma caldeira de vapor localizada na parte da frente e as hastes de ligação às rodas traseiras, que se assemelha a um tanque de locomotiva mas é, no entanto, um dos primeiros automóveis a utilizar um motor a vapor com sucesso. O motor de dois cilindros (de combinação de alta e de baixa pressão), instalado sob o piso, poderia ser operado por um só homem, eliminando a necessidade de um adicional stoker – fogueiro ou segundo operador, encarregado da caldeira nas locomotivas a vapor. O tanque de água para refrigeração fica debaixo dos assentos e o depósito de carvão em torno da caldeira. O veículo gerava o vapor em 50 minutos, podendo atingir a velocidade máxima de aproximadamente 60 km/h.

 

De Dion–Bouton & Trepardoux — Quadriciclo a vapor. Foto: Louwman Museum. Coleção Louwman/Divulgação

 

A empresa De Dion, Bouton et Trépardoux foi uma das primeiras e mais importantes fabricantes de automóveis do mundo. Criada em 1880 nos arredores de Paris, por Georges Bouton e Charles Trépardoux, inicialmente tinha o objetivo de fazer motores a vapor de brinquedo. A sua sofisticada habilidade chamou a atenção do conde milionário Albert de Dion, que passou a financiar a produção de veículos movidos a vapor para passageiros e transporte de mercadorias.

Nos primórdios do automobilismo, propulsão a vapor foi uma das tecnologias emergentes ao lado dos motores a gasolina e elétrico. Em 1889, quando De Dion participou da Exposição de Paris – a mesma mostra que deu à cidade a Torre Eiffel – e viu um motor a gasolina pela primeira vez, ele percebeu imediatamente seu potencial. O engenhoso Bouton passou a desenvolver um motor a gasolina que superou seus concorrentes em muitos aspectos. Trépardoux, no entanto, queria continuar com vapor e, eventualmente, deixou a empresa em 1893.

 


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