Sexta-feira | 12 de abril, 2019 | 19h30


Um buraco negro e sua sombra foram capturados em uma imagem pela primeira vez e divulgados nesta quarta-feira (10) pela NASA, a agência espacial norte-americana. O feito histórico foi proporcionado por uma rede internacional de radiotelescópios chamada Event Horizon Telescope (EHT). O EHT é uma colaboração internacional cujo apoio nos EUA inclui a National Science Foundation.

 

Usando o Telescópio Event Horizon, os cientistas obtiveram uma imagem do buraco negro existente no centro da galáxia M87. A imagem está delineada pela emissão de gás quente girando em torno dele, sob a influência da forte gravidade perto do que os cientistas chamam de "horizonte de eventos".

 

Um buraco negro é um objeto extremamente denso do qual nenhuma luz pode escapar. Tudo que chegue ao ponto sem retorno no “horizonte de eventos” de um buraco negro será consumido e nunca voltará a emergir, devido à sua atração gravitacional infinitamente forte. Por sua própria natureza, um buraco negro não pode ser visto, mas o disco quente de material que o circunda brilha. Contra um fundo brilhante, como no disco vista na imagem capturada, ele parece lançar uma sombra.

 

Close-up do núcleo da galáxia M87 obtido pelo Chandra X-ray Observatory. Imagem: NASA/CXC/Villanova University/J. Neilsen

 

A nova e impressionante imagem mostra a sombra do buraco negro supermassivo no centro de Messier 87 (M87), uma galáxia elíptica a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra. Este buraco negro possui 6,5 bilhões de vezes a massa do Sol. A captura de sua sombra envolveu oito radiotelescópios terrestres ao redor do planeta, operando juntos como se fossem um só telescópio do tamanho da Terra.

 

Close-up do núcleo da galáxia M87 obtido pelo Chandra X-ray Observatory. Imagem: NASA/CXC/Villanova University/J. Neilsen

 

“Esta é uma conquista incrível da equipe do EHT”, disse Paul Hertz, diretor da divisão de astrofísica na sede da NASA em Washington. “Anos atrás, achávamos que teríamos que construir um telescópio espacial muito grande para visualizarmos um buraco negro. Ao colocar radiotelescópios em todo o mundo para trabalhar em conjunto, como um só instrumento, a equipe da EHT conseguiu isso, décadas antes do tempo”.

Fonte: Nasa

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