Com mais de 40 milhões de habitantes e 645 cidades, o Estado de São Paulo, hoje o mais populoso do Brasil, era um território em boa parte inexplorado até o início do século 20.
Fundação Energia e Saneamento

Partida da equipe da Comissão Geológica e Geográfica de São Paulo rumo ao extremo oeste do Estado, via Rio Tietê. Foto: acervo Fundação Energia e Saneamento
Para se ter uma ideia, há exatos 110 anos era publicado, pela primeira vez, o relatório “Exploração do Rio Tietê”, estudo financiado pelo governo da época com a finalidade de mapear a região desconhecida do extremo oeste paulista.

João Pedro Cardoso, chefe da CGG, registrou que o Salto do Avanhandava seria “uma das maiores riquezas naturais que possui o Estado de São Paulo e que aguarda futuro não muito remoto para vir contribuir para a grandeza e prosperidade da indústria entre nós”. Foto: acervo Fundação Energia e Saneamento
Realizado pela extinta Comissão Geográfica e Geológica (CGG), “Exploração do Rio Tietê” apresenta, além de belas fotografias do rio, dados relativos à sua extensão, correnteza, navegabilidade, ilhas, afluentes, cachoeiras e até mesmo a existência de povoados e aldeias indígenas hostis na região.

Regresso da pescaria no Salto de Urubupungá, próximo da confluência entre os rios Tietê e Paraná. Hoje submerso, o Salto dá nome ao Complexo formado pelas Usinas Hidrelétricas de Jupiá, Ilha Solteira e Três Irmãos. Foto: acervo Fundação Energia e Saneamento
O estudo, que integra o acervo da Fundação Energia e Saneamento e encontra-se disponível para consulta no Núcleo de Documentação e Pesquisa, também sinalizava o potencial hídrico do chamado Baixo-Tietê para a produção de energia elétrica, como o Salto de Avanhandava, que receberia, mais tarde, na década de 1980, uma das maiores usinas instaladas no rio.
Publicação em:
27 de fevereiro de 2015