Quinta-feira, 20 de outubro de 2016, às 13h43

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, disse hoje (20), em São Paulo, que o “cala-boca já morreu”, referindo-se ao direito da imprensa de repassar informações aos cidadãos. A afirmação foi feita em resposta a uma jornalista a respeito das restrições que às vezes são impostas sob o argumento de necessidade de sigilo.

Agência Brasil | por Marli Moreira

Na decisão em que a Corte autorizou a publicação de biografias não autorizadas, Cármen Lúcia havia citado repetidamente o dito popular: “Cala-boca já morreu”.

 

Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, concede entrevista, após sua posse no dia 12 de outubro. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF (12/10/2016)

Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, concede entrevista, após sua posse no dia 12 de outubro. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF (12/10/2016)

 

Ela disse que, no âmbito do STF, a Corte dará cumprimento, como tem feito reiteradas vezes, ao exercício de uma imprensa livre e “não como poder, mas como uma exigência constitucional para se garantir a liberdade de informar e do cidadão ser informado para exercer livremente a sua cidadania.”

A ministra afirmou que “não há democracia sem uma imprensa livre. Não há democracia sem liberdade. Ninguém é livre sem acesso às informações”.

“Deixa o povo falar”, disse a ministra, citando crônica do escritor e jornalista Fernando Sabino. A presidente do STF fez as afirmações pouco antes de ministrar palestra do fórum da Associação Nacional dos Editores de Revistas (Aner), na Escola Superior de Propaganda e Marketing, na Vila Mariana, zona sul da cidade de São Paulo.

Duas das medalhas de dona Lucilla, entregues ao jornalista Gerson Soares (fundador do Alô Tatuapé), que também guarda parte de suas memórias deixadas para "um dia serem publicadas": Medalha da Constituição, onde se lê a frase "Pola Lei, Pola Grei", do português arcaico: "Pela Lei e Pelo Povo". Broche-capacete, miniatura do modelo usado pelos soldados constitucionalistas. Arte e Foto: aloimage

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