Quarta-feira | 1º de abril, 2020 | 13h26


O presidente Bolsonaro tem duas difíceis missões: liderar o combate á pandemia de coronavírus e ao mesmo tempo, lidar com o desemprego e a falta de comida na mesa dos menos favorecidos, ganha no dia a dia por muitos brasileiros.

Gerson Soares

A dos humildes brasileiros é a maior camada deste país continental. Ou alguém dúvida? Quantos podem ficar parados sem trabalhar, sem ganhar o pão de cada dia? A Economia não é uma ciência simples, mas aplicá-la no Brasil é uma tarefa difícil.

Com um Legislativo querendo fazer política eleitoral, sem olhar para o próprio umbigo, o Executivo encontra obstáculos nos mais diversos temas. Em um cenário mais harmonioso, a retomada econômica seria acelerada. Mesmo com os devidos atrasos e empecilhos os passos estavam sendo dados.

Mas com a desastrosa propagação de um vírus de características desconhecidas e proporções pandêmicas, que vem ceifando milhares de vidas, a tarefa dos chefes de governos em conciliar a economia e a saúde ao redor do mundo foi abalada. No Brasil não seria diferente.

Bolsonaro demonstra claramente sua atenção, também, com os mais pobres. Para cumprir suas promessas, montou uma equipe de ministros extremamente comprometidos com essa realidade. Por sua vez, estes recrutaram as melhores mentes para auxiliá-los a tirar o país da lama da corrupção e ao mesmo tempo erguê-lo ao seu merecido lugar de destaque.

“Me coloco no lugar das pessoas e entendo suas angústias”, disse ontem em seu pronunciamento o presidente. Antes enfatizou as medidas protetivas que o seu governo vem tomando para proteger os mais vulneráveis (assista ao vídeo aqui).

Em seguida citou a fala do presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS) que na quinta-feira (30) realçou a sua origem pobre e disse conhecer a necessidade que os mais humildes têm para ganharem seu dinheiro diariamente e conseguirem comer. “Muitas pessoas de fato têm que trabalhar todos os dias para ganhar seu pão diário”.

“Essa tem sido minha preocupação desde o princípio. O que será do camelô, do ambulante, do vendedor de churrasquinho, da diarista, do ajudante de pedreiro, do caminhoneiro e dos outros autônomos com quem venho mantendo contato durante toda a minha pública?”, disse o presidente Bolsonaro em seu discurso.

Em nossa opinião deve imperar a sensatez neste momento. O Conselho Nacional da Indústria (CNI) está fazendo propostas. Os micros, pequenos e médios empresários estão pensando em soluções. As reservas dos informais e autônomos (se é que existem) logo irão acabar e para estes os dias poderão ser amargos, se os líderes de cada localidade brasileira não enfrentarem essa crise lado a lado, pararem de fazer provocações políticas ou intrigas.

 

Sem trabalhadores e pessoas circulando o movimento cai, falta dinheiro para comer o espetinho e o vendedor de churrasquinho também para. Por outro lado, a população quer precaver-se contra a doença e seguir as recomendações governamentais de autoisolamento. Portanto, esta não é a melhor hora para atacar quem quer trabalhar ou quem quer se isolar. O momento é de buscar soluções. Foto: divulgação / Prefeitura do Rio