Domingo, 21 de agosto de 2016, às 13h25


A criolipolise é um procedimento não invasivo, que tem como finalidade destruir a gordura localizada. Antes de procedimentos que envolvam quaisquer riscos para a saúde, recomendamos consultar um médico para prosseguir com total segurança.

Por Monica Abdalla*

Desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, a criolipólise usa baixas temperaturas para acabar com a gordura localizada. O aparelho é colocado na superfície da pele, congelando as células de gordura para serem destruídas. Em contato com a baixa temperatura, as células de gordura - chamadas de adipócitos - se rompem totalmente, fazendo com que o corpo entenda que elas não fazem mais parte do organismo e as expele naturalmente.

A criolipólise é feita com a ajuda de um aparelho específico cujos aplicadores acoplam-se perfeitamente às diferentes áreas do corpo.

 

Técnica congela gordura localizada. Fotos: Getty Image.Sobrefotos: aloart

Técnica congela gordura localizada. Fotos: Getty Image.Sobrefotos: aloart

 

A ponteira do aparelho realiza um poderoso vácuo que promove a sucção da pele e da porção de gordura localizada. Ao mesmo tempo, o resfriamento intenso e controlado da gordura destrói as células de gordura. O resfriamento controlado age danificando seletivamente as células adiposas, que são mais sensíveis ao frio, sem causar qualquer dano a nervos, músculos e outras estruturas próximas.

O aparelho da criolipólise é adaptado para cada área do corpo. A eliminação das estruturas dos adipócitos destruídas com a baixa temperatura é feita pelo sistema imune e a gordura no interior das células é conduzida ao fígado pelo sistema linfático para sua metabolização. Uma vez que o sistema linfático leva apenas uma pequena quantidade diária de gordura para ser metabolizada, não há perigo de sobrecarga do fígado nesse processo.

A criolipólise não é um tratamento para sobrepeso ou obesidade. Ela é opção para pessoas que tenham gordura localizada em algumas regiões corporais, o famoso pneuzinho. De acordo com o fabricante, o procedimento elimina até mesmo aquela gordura incapaz de ser combatida com dieta e exercícios físicos.

A criolipólise pode ser feita apenas em algumas partes do corpo, aquelas que se adaptam bem às ponteiras. Não é possível fazer no rosto, por exemplo, porque o aplicador não se encaixa.

“A paciente poderá tratar áreas de qualquer tamanho com a criolipólise, mas numa área maior o procedimento deve ser dividido em dois momentos na mesma seção, para que toda a área seja tratada, como por exemplo, a região do abdome.
Não é necessária uma preparação específica para a criolipólise: a pessoa pode consumir alimentos e se exercitar normalmente antes e depois do tratamento. Também não é necessário nenhum exame laboratorial para se submeter à técnica.

A criolipólise pode ser feita em qualquer estação do ano, inclusive no verão. Mas se a ideia é que os resultados sejam notados na estação da praia e do sol, o ideal é se programar antes, já que o resultado completo leva de dois a três meses para aparecer.

Pode haver dor no momento da sucção proporcionada pelo aparelho, mas após o congelamento da gordura a região fica anestesiada. Também pode haver desconforto na hora de retirar o aplicador, mas nada muito intenso. É aconselhável o uso de cinta compressora logo após o procedimento, devendo permanecer com o uso da cinta durante 15 dias.

A sessão de criolipólise dura aproximadamente uma hora. A boa notícia é que a criolipólise pode ser feita em mais de uma região no mesmo dia sem riscos ao paciente.

Resultados da criolipólise

Uma ou duas sessões já são suficientes para trazer resultados. Mas há casos em que são necessárias mais sessões. A partir do décimo dia a quebra de gordura já pode ser visível, mas o efeito máximo acontece de dois a três meses após a sessão. Mas claro, os resultados variam de pessoa para pessoa.

Porém, como em todo procedimento estético, nem todo mundo pode fazer a criolipólise, é preciso passar por uma avaliação detalhada antes. A criolipólise é contraindicada para pessoas com sensibilidade ao frio - como quem tem urticária, por exemplo -, com hérnias no local da aplicação, infecções na pele, para gestantes e para quem passou por cirurgia recentemente. Para quem pretende emagrecer, vale lembrar que o método combate a gordura localizada e não o excesso de peso, pois não atinge gordura em todas as áreas do corpo ou mesmo a visceral, gordura que se deposita entre os órgãos.

Pode haver dor persistente após uma semana do tratamento. Nesse caso, o paciente deve ser medicado, mas essa consequência é rara. Também pode haver aumento da gordura no local em vez da redução. Esse problema é ainda mais raro, mas já foi relatado.

Procure um profissional qualificado. O mais indicado é que esse procedimento seja realizado por um fisioterapeuta ou médico responsável, pois quando o procedimento é feito por pessoas que não estão aptas a aplica-lo com aparelhos não certificados, pode causar complicações como queimaduras e outros problemas.

*Monica Abdalla é formada em Massoterapia pelo Senac Tatuapé e Jornalismo pela FMU
Massagem no pé. Foto: Getty Images / dcarson924

Massagem no pé. Foto: Getty Images / dcarson924

Leia mais sobre
BOA FORMA

 

Leia as últimas publicações