Sexta-feira, 23 de março de 2018 às 19h05


Os principais jornais do país destacam a decisão da Suprema Corte. A notícia teve repercussão no The New York Times e no El Pais.

Gerson Soares

Resolvi fazer um clipping para que os leitores pudessem ter um rápido acesso a algumas das principais matérias sobre a decisão tomada na sessão plenária desta quinta-feira (22), ocorrida no Supremo Tribunal Federal. O que se deduz é que a indignação tomou conta do país, diante do desrespeito a outros cidadãos que não têm tantos privilégios, como o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva. A jurisprudência que existe desde 2016, deveria ser respeitada. É o que se conclui, diante das diversas manifestações de jornalistas dos principais veículos do país.

 

Ministra Cármen Lúcia presidindo sessão plenária do STF. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

 

Vejamos:

O Estadão online, exibe: “Habeas Corpus a Lula abre caminho a outros condenados, dizem advogados”, na versão impressa do jornal, temos: “Supremo cede à pressão e Lula ganha fôlego contra prisão”. Pela Jovem Pan, destacamos a fala do professor Marco Antônio Villa: “O STF é uma farsa”; entrevistada por Augusto Nunes na manhã de hoje na Pan, a ministra Cármen Lúcia disse que “Lula não pode ter privilégio nem ser destratado”, e destacou que “Corrupção é erva daninha”; e ainda na JP, Carlos Andreazza arremata: “STF colocou o Brasil em suspenso”.

No Veja.com, Ricardo Noblat, diz que “A lei não vale para Lula”, enfatizando que o STF lhe dá salvo-conduto. Por sua vez, J.R. Guzzo, escreveu: “Para o Juízo Universal - O STF é o melhor lugar do mundo para delinquentes top de linha”, e começa dizendo que o órgão máximo da Justiça brasileira “já deixou, há muito tempo, de ter alguma relação com o ato de prestar justiça a alguém”. No G1, Helio Gurovitz, entitula: “Lula solto, STF na lona - Eis o resultado da comédia de erros protagonizada ontem pelos ministros do Supremo”. Na Folha de São Paulo, Reinaldo Azevedo destaca: “Sessão do STF trouxe à luz atuações tóxicas: que se dane a lei”.

O site Gazeta do Povo, colocou em dúvida a lisura da decisão e aponta diversos episódios, sob o título: “Coincidência? Seis fatos inesperados que levaram ao salvo-conduto de Lula - Foi uma sucessão de coincidências que costuraram a decisão inusitada que salvou Lula da prisão. Mas será que foi coincidência mesmo?”.

Repercussão internacional

O site do The New York Times exibia hoje o título: “Corte Superior do Brasil dá alívio provisório para Lula”. A notícia foi divulgada pela Associated Press, logo após o adiamento do julgamento do mérito do Habeas Corpus e enfatiza que o ex-presidente teve “um alívio temporário a prisão por condenação por corrupção”. O espanhol El País começa enfatizando a preocupação do ministro Marco Aurélio Mello em não perder um voo e o longo feriado de Páscoa a que terão direito suas excelências, sob o título “Supremo congela situação de Lula: ele não poderá ser preso até dia 4 de abril”.

A decisão do STF já tem pelo menos uma repercussão entre outros envolvidos por corrupção e outros crimes revelados pela Operação Lava Jato. O ex-homem forte dos governos petistas, ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci pediu ontem à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, para que seu habeas corpus seja julgado no próximo dia 4 de abril, mesma data em que foi marcado o julgamento de um pedido de liberdade preventivo do ex-presidente. Em tempo: os ministros do STF, depois da suprema decisão desta quinta-feira, terão direito a um feriadão num total de 13 dias, muito diferente da maioria dos trabalhadores brasileiros.

As diferenças de tratamento na Justiça brasileira nunca foram tão evidentes. A repercussão negativa encarcera a liberdade de muitos e liberta a ignomínia para poucos.

Ministra Cármen Lúcia presidindo sessão plenária do STF. Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

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