Terça-feira, 24 de maio de 2016 às 20h17
Em meio ao primeiro desgaste duas semanas após assumir o governo, o presidente Michel Temer aceitou ontem (23) o afastamento do ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), depois de a Folha de São Paulo, publicar que ele “sugeriu ao ex-presidente da Transpetro sérgio Machado que uma ‘mudança’ no governo federal resultaria em um pacto para ‘estancar a sangria’ representada pela Operação Lava Jato”. Assista o vídeo com as explicações do ministro da Fazenda Henrique Meirelles e do líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).
Gerson Soares
Ambos estão sendo investigados pela Polícia Federal. No final da tarde de hoje (24), o ministro do STF, Gilmar Mendes, disse que não considera uma tentativa de obstrução da Lava Jato as declarações de Jucá. Perguntado se a saída do ministro abala o governo interino que acabou de começar, Mendes disse que a mudança “faz parte da realidade política”.
Durante a divulgação das medidas fiscais e econômicas, Michel Temer completou sua fala dizendo que terá pulso firme e se tiver de voltar atrás em suas decisões o fará, como fez hoje ao empossar o novo ministro da Cultura, Marcelo Calero, destacando a sua capacidade de diálogo e a experiência acumulada à frente da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro. Desde que o novo governo resolveu extinguir o ministério, dando-lhe status de Secretaria, houve muitos protestos que agora devem se acalmar.
Nesse sentido Michel Temer lembrou JK, reafirmou seu apelo à pacificação e pediu responsabilidade na votação de medidas. “No dia de hoje, especialmente, temos a votação de uma matéria importante para o governo, que é a questão da ampliação da meta. Este será o primeiro teste; de um lado o governo, de outro o Legislativo, para revelar aos brasileiros que nós estamos trabalhando. Estamos exercendo regularmente as nossas funções. Não podemos permitir a guerra entre brasileiros, a disputa quase física. Isto é inadmissível”.
Neste momento (20h28), a sessão conjunta do Congresso ainda está votando os vetos da presidente afastada que deve vir antes da votação das medidas enviadas pelo governo em exercício.
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