Quarta-feira, 4 de maio de 2016 às 10h47


Alô Tatuapé às esposas de dois veteranos: Então é verdade mesmo que vocês mandam eles irem jogar? Vocês incentivam? Respostas: “Com certeza”..., diz a primeira. “É melhor ele ir do que ficar o dia inteiro no celular”..., responde a esposa do outro veterano, que no momento está usando bengala. Essas foram algumas frases das esposas em tom da maior brincadeira, com os maridos veteranos do Futebol das 5as, cujas “juntas” não permitem mais jogar bola.

Gerson Soares

“Depois de 60 anos jogando, não há joelho que aguente”, diz um. “O seu problema é de junta”, retruca outro. “Eu parei de jogar há pouco tempo, meu joelho está doendo em pouco”, disse o velho Titcha (Antonio Colaneri) sentado no banco de reservas em Atibaia, com quase 80 anos. Parece brincadeira e é isso mesmo! Titcha e tantos outros jogaram bola a vida toda e o Futebol das 5as foi a continuidade dessa vida esportiva, após os mais de 30 anos de vida. Colaneri estava entre os primeiros jogadores em 1960.

 

Confraternização gostosa num buffet do Tatuapé, onde não faltou o bom humor, uma das marcas registradas do Futebol das 5as. Foto: aloimage

Confraternização gostosa num buffet do Tatuapé, onde não faltou o bom humor, uma das marcas registradas do Futebol das 5as. Foto: aloimage

 

Clique para ver as imagens da festa do Futebol das 5as na nossa página do Flickr

 

O fundador e presidente mais lembrado do Futebol das 5as é Antonio Giaquinto, eleito por unanimidade durante 40 anos, falecido em 1999. Com mais de meio século de atividades, as novas gerações também se inspiram nos primeiros ensinamentos dos fundadores e o legado de amizade, solidariedade, fraternidade e uma boa dose de bom humor deixado por eles.


 

Frases dos integrantes:

“A gente chega ao futebol é vira criança” – Milton

“Uma vez eu dei um pontapé nele” – Veras, falando sobre a agressão contra o Chico Thomaz, outro jogador*

“Relutei para entrar, mas chega um dia em que a gente precisa encontrar um grupo de amigos para se divertir e relaxar” – Kamai, um dos mais novos filiados

“Sou muito grato e respeito a memória de pessoas como o Giaquinto e outros presidentes que o sucederam, como o Alberto” – Geninho

*Apesar de já não fazer parte do grupo, durante o tempo em que jogou Veras sempre foi zagueiro. “Ganhei duas vezes o troféu cavalo”, disse durante a festa dos 56 anos, rindo dos prêmios que recebeu. O “prêmio” foi instituído para homenagear jogadores que agridem os companheiros com pontapés e jogadas mais duras.

 

Há outros tipos de troféus engraçados além do troféu cavalo, como por exemplo, o troféu ratão – dado aos companheiros que fazem algum tipo de trapaça ou coisa parecida – e o troféu pé frio, em homenagem àqueles que menos ganham nas partidas. Os troféus mais comuns são os de artilheiro, de pontuação (por vitórias nas partidas), de comparecimento e social (pela participação nos eventos do grupo). Todos os prêmios são entregues “solenemente” aos ganhadores na festa de final de ano que acontece no local de jogo.

 

Festa de confraternização no final de 2009, no momento em que estão sendo entregues os troféus aos jogadores. Foto: aloimage

Festa de confraternização no final de 2009, no momento em que estão sendo entregues os troféus aos jogadores. O atual presidente Samara, está no centro da imagem de camiseta listrada. Foto: aloimage

Cobertura da festa dos 56 anos que aconteceu no último sábado, dia 30 de abril. Foto: aloimage

Cobertura da festa dos 56 anos que aconteceu no último sábado, dia 30 de abril. Foto: aloimage

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