Domingo | 20 de janeiro, 2019 | 10h46


A viagem está marcada para as 22h. Após 20 dias de mandato em que tomou medidas essenciais, tais como: pente fino nas ONGs, abrir a chamada caixa preta do BNDES, combate contra o crime organizado e acelerar o processo de votação para a reforma da Previdência, ele chega à Suíça levando a esperança dos brasileiros e a mensagem implícita de que Ordem e Progresso voltarão a fazer sentido para a Nação. Bolsonaro, bem ao seu estilo, inaugura uma forma simples de se comunicar, como por exemplo, os primeiros anúncios sobre o novo governo publicados através das redes sociais, economizando alguns milhões de reais, em detrimento dos valores cobrados pela grande mídia. Depois de montar uma equipe forte que está causando perplexidade aos que estavam acostumados às boas maneiras e condutas norteadas de hipocrisia que deixavam largas margens para a devassidão, em outros momentos é visto fazendo piadas durante as compras no supermercado, como qualquer brasileiro. Leia a seguir a matéria sobre sua viagem a Davos.

Agência Brasil – Brasília, DF

Com uma agenda voltada para a defesa da abertura econômica, do combate à corrupção e do compromisso com a democracia, o presidente Jair Bolsonaro embarca hoje (20) às 22h para Davos, na Suíça, onde participará do Fórum Econômico Mundial. Ele viajará acompanhado dos ministros da Economia, Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

 

Bolsonaro mostra caneta Bic, com a qual assinou, no dia 15 de janeiro, o decreto que flexibiliza a posse de armas no Brasil. Esta é outra medida importante e tem apoio de parte da sociedade brasileira que acredita ter o direito de se defender contra criminosos. “Por muito tempo, coube ao Estado determinar quem tinha ou não direito de defender a si mesmo, à sua família e à sua propriedade. Hoje, respeitando a vontade popular manifestada no referendo de 2005, devolvemos aos cidadãos brasileiros a liberdade de decidir”, afirmou o presidente durante a cerimônia de assinatura. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasilia-DF

 

Em sua 39ª edição, o Fórum Econômico Mundial reúne a elite política e econômica global para discutir a conjuntura mundial e estimular a cooperação entre governos e o setor privado. Na estreia de Bolsonaro no exterior, o governo pretende vender a empresários e a políticos a imagem de que a economia brasileira está modernizando-se, com abertura comercial, segurança jurídica para os investidores externos e reformas estruturais.

O presidente pode discursar na terça-feira (22), num painel sobre a crise na Venezuela, e tem até 45 minutos reservados para falar na sessão plenária do fórum às 11h30 de quarta-feira (23), no horário local, 8h30 em Brasília. Bolsonaro também pode discursar no painel O Futuro do Brasil, marcado para logo após a sessão plenária.

Na noite de terça, o presidente terá um jantar privado com os presidentes da Colômbia, Iván Duque; do Equador, Lenín Moreno; do Peru, Martín Vizcarra; e da Costa Rica, Carlos Alvarado Quesada. Os cinco presidentes latino-americanos assistirão a uma apresentação do presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella.

Para quarta-feira (24), está prevista a participação do presidente num almoço de trabalho sobre a globalização 4.0, que trata da quarta revolução industrial proporcionada pela tecnologia e é o tema do Fórum Econômico Mundial neste ano. Em seguida, a comitiva retorna para Zurique, de onde embarca de volta para Brasília, chegando à capital federal na manhã de quinta-feira (25).

Ministros
Os ministros terão agendas paralelas em Davos. Paulo Guedes tem previstas reuniões com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e encontros bilaterais com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo; com o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Roberto Moreno; e com o secretário-geral da Câmara de Comércio Internacional, John Denton. O ministro da Economia também se encontrará com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin.

Guedes também pretende reunir-se com empresários das áreas de infraestrutura, logística, energia e tecnologia e representantes de fundos de investimentos e fundos soberanos. Nos encontros, o ministro informará que a equipe econômica trabalha numa agenda calcada em quatro pilares: reforma da Previdência, privatizações, reforma administrativa e abertura comercial.

Segundo o Ministério da Economia, Guedes informará que o Brasil pretende dobrar os investimentos (público e privados) em pesquisa, tecnologia e inovação nos próximos quatro anos e a corrente de comércio – soma de importações e exportações – de 22% para 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

A abertura comercial defendida por Guedes ocorreria de forma gradual, acompanhada de um programa de desburocratização e de redução de impostos para empresas para não sacrificar a indústria brasileira. A diminuição de tributos seria financiada por privatizações e pelas reformas que conterão ou reduzirão os gastos públicos nos próximos anos.

Em 24 de dezembro, declarou o capitão: “Menos interferência do Estado significa melhores condições de vida ao brasileiro”. Foto: AFP / PSL

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