Segunda-feira | 3 de outubro, 2022
Políticos eleitos e comentaristas políticos apontam caminhos à campanha de Bolsonaro, enquanto esperam uma recarga dos consórcios de mídia e institutos de pesquisas a favor de Lula.
O Brasil se divide quanto a quem ocupará o cargo de presidente da República. Todo tipo de hipóteses foram levantadas, após a apuração das urnas em todo o país. Mas no primeiro turno das eleições, os números indicam a vitória de Lula com 48,4% e Bolsonaro em segundo lugar com 43,2%. Esse resultado surpreendeu sob diversos aspectos.
Linhas de pensamentos
Considerado jovem para ocupar um cargo político de tal importância, Nikolas Fereira (PL-MG) de 26 anos, foi o deputado federal mais votado do Brasil com 1,485 milhão de votos. Em segundo lugar ficou Guilherme Boulos (PSOL-SP), com 1,1 milhão de votos. Apesar dos 946 mil votos de Carla Zambelli que segue a linha bolsonarista, esses resultados mostram uma divisão e como o povo brasileiro está vendo a polítca, já que os dois primeiros colocados – assim como seus partidos – ocupam extremos totalmente diferentes de raciocínio político.
Questionamentos
Em entrevista à Jovem Pan News, Nikolas levantou a hipótese que não se cala para pelo menos a metade da população. Em Minas Gerais, segundo colégio eleitoral brasileiro, ele questionou o maior número de votos em Lula (48,29%) do que em Bolsonaro (43,60%), apesar da sua expressiva votação e de Romeu Zema (Novo) que obteve 5,67 milhões de votos. Essas mesmas projeções se repetem em outros estados, com bolsonaristas vencendo em outros cargos, enquanto o atual presidente perde na comparação com o ex-presidente.
Desmoralização das pesquisas
Jornalistas brasileiros e observadores internacionais concordam que existe um consórcio formado por parte da mídia e institutos de pesquisas trabalhando contra a campanha de Bolsonaro. Após o resultado, o presidente disse a jornalistas que a mentira foi desvendada, referindo-se aos resultados das pesquisas que apontavam valores muito menores para ele e maiores para seu opositor, que para ele – e tantos outros brasileiros – acaba influenciando na votação.
Mídia partidária
Por sua vez, a parte da mídia que passou a atuar distante da ética – aos jornalistas exige-se neutralidade – não poupou esforços para deturpar notícias e difamar o atual presidente durante a campanha, escancarando sua preferência por Lula. Na verdade antes de mesmo de ser eleito e passar a ocupar o cargo, Bolsonaro já vinha sendo perseguido. Essa atuação contra seu governo se prolonga até hoje.
Juristas
Conversando com jornalistas após a divulgação do resultado das urnas, o presidente Jair Bolsonaro disse que essa articulação midiática contra seu governo atrapalhou a campanha, mas que agora pedirá apoio aos deputados, senadores e governadores eleitos e reeleitos pelos partidos que o apoiam. Apoiadores e especialistas também aconselham a equipe de campanha de Bolsonaro, contratar juristas competentes para questionarem as ações que possam vir a denegrir ou deturpar sua campanha ao segundo turno.
Destaque – Fotos: TSE / Divulgação