Quarta-feira, 9 de maio de 2018 às 11h55
Por Rosiane Mattar*
Preparo para engravidar
A mulher deve estar com o peso dentro do adequado, ter ido ao dentista e verificado o estado dos dentes e gengiva. Tomar ácido fólico no período periconcepcional para evitar malformações neurais e é importante fazer as sorologias de doenças infecciosas para saber se é portadora ou se tem proteção contra doenças como sífilis, HIV, Toxoplasmose, hepatite B e C. Não há necessidade de dosagens hormonais previamente à gravidez, a não ser que se pense em alguma doença específica.
Descoberta da gravidez, vitaminas e pré-natal
Se faz pelo atraso menstrual e se confirma pela identificação da fração beta da gonadotrofina em exames de urina ou sangue que já pode dar positivo mesmo com um dia de atraso. No início da gestação não há necessidade de vitaminas, a não ser o ácido fólico. O ideal é começar os suplementos de vitaminas assim que as náuseas passarem, o que costuma acontecer ao redor de 12/14 semanas. O pré-natal deve ser iniciado com seis a dez semanas de gestação. São fundamentais consultas mensais para orientações sobre a gravidez, o parto e pesquisa de intercorrências.
Cuidados
Uma gestante eutrófica deve engordar cerca de 10 a 12 quilos. Se ela já entra na gestação com sobrepeso ou obesidade, deve engordar cerca de 7 kg. A alimentação tem de ser saudável, com 50% de carbohidratos, 30% proteínas e 20% gordura. Deve conter leite e derivados por causa do cálcio e a água deve ser fluoretada. Importante que a dieta seja fracionada. Também é importante usar filtro solar com fator 15 no mínimo duas vezes ao dia para proteger a pele. O diabetes será evitado com restrição de ganho de peso e a manutenção de atividade física, mas se tiver a doença é importante fazer o diagnóstico e tratar.
O preparo para o parto
É fundamental conhecer os sinais que mostram que a hora do nascimento se aproxima e saber o que vai acontecer nas horas de trabalho de parto. São conversas que se deve ter com o médico. Ainda é relevante que o especialista faça fortalecimento do assoalho pélvico e, nos dois últimos meses, alongamento das fibras com epi-no. O parto pode ser vaginal, vaginal operatório e por via cesárea. O vaginal pode ser com ou sem analgesia e ser feito na posição sentada, de cocoras ou na vertical.
*Rosiane Mattar é coordenadora científica de Obstetrícia da Sogesp – Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo.
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