Sexta-feira | 8 de maio, 2020 | 12h59


A fim de enfrentar a crise imposta ao setor econômico pela COVID-19, presidente vai ao STF acompanhado por empresários e ministros, como Paulo Guedes que demonstraram a importância de políticas voltadas para que o Brasil possa voltar a crescer.

Conclamando para que os três poderes se unam a fim de combater o coronavírus e cuidar das pessoas, mas com os olhos voltados para a economia, o presidente da República, Jair Bolsonaro, ministros do governo e empresários representando diversos setores econômicos foram a pé até o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para uma reunião com o presidente da Corte, Dias Toffoli. Bolsonaro apelou para que os três poderes busquem uma solução conjunta para enfrentar a crise provocada pelo novo coronavírus.

 

Reunião com Braga Netto, Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Paulo Guedes, Ministro de Estado da Economia; Dias Toffoli, Presidente do Supremo Tribunal Federal; e grupo de empresários. Foto: Marcos Corrêa/PR

 

“Devemos ter todo o cuidado possível para preservar vidas, principalmente, as dos grupos de risco. O efeito colateral do vírus não pode ser mais danoso do que a própria doença”, disse, referindo-se à economia e ao aumento do desemprego. “Todos, não compete ao Executivo, ao Legislativo ou ao Judiciário, isoladamente. Todos nós estamos aqui buscando uma solução para resolver esse problema. Economia também é vida”, afirmou.

Bolsonaro alertou que atualmente, no Brasil, 38 milhões de trabalhadores informais ou autônomos perderam a renda ou parte dela. O presidente tem atentado para a situação do desemprego desde o início da pandemia. Hoje, segundo ele, são mais de dez milhões de desempregados em todo o Brasil, e o número, caso nada seja feito, só tende a crescer, afirmou.

A economia brasileira pode surpreender o mundo

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um alerta durante a reunião no STF. “Ouvi os relatos dos industriais que a economia pode entrar em colapso. O presidente foi o primeiro a alertar sobre essa possibilidade. Mas, ainda temos os sinais vitais preservados, um pouco mais e nós saímos”, diz referindo-se à crise. “Vamos surpreender o mundo todo, reativar a economia antes dos outros e vamos sair disso”, rebate com otimismo, mas para Guedes o importante agora é contribuir para levantar o Brasil. “Não queremos virar a Venezuela e nem a Argentina”, salientou em relação à economia.

Ao tratar da preocupação dos empresários, com quem se reuniu antes no Palácio do Planalto, o presidente informou que assinou um decreto incluindo a atividade de construção civil no rol de atividades essenciais, visando à retomada do funcionamento do setor mesmo diante das medidas de isolamento social.

 

Reunião com a imprensa após saída do STF. Foto: Marcos Corrêa/PR

 

Ele lembrou também a importância das indústrias na economia ao dizer que o setor é responsável por 45% do produto interno bruto (PIB) brasileiro. Para o presidente, é importante que se preserve vidas, mas é preciso também tomar medidas calcadas na lei para assegurar a economia.

Ao final da reunião, do lado de fora do STF, o presidente conversou com a imprensa e ressaltou que a indústria está na UTI. Ele frisou que o posicionamento dos empresários é para que seja feita a flexibilização de medidas de isolamento e disse que até agora a economia brasileira está conseguindo preservar os “sinais vitais”, graças ao histórico positivo criado pelo Governo Federal ao longo de 2019. No entanto, mesmo com o bom trabalho, o cenário de isolamento permanente pode levar a economia e o País a um colapso.

Fonte: Planalto / Presidência da República

Presidente Jair Bolsonaro em sua live semanal. Foto: reprodução / YouTube

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