Sábado | 14 de maio, 2022


Todos os anos, em 12 de maio, destaca-se o Dia Mundial da Fibromialgia. Visa-se, assim, a intensificação de orientações sobre a doença com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce.


Conhecida por queixas de dor musculoesquelética difusa, a fibromialgia é uma síndrome dolorosa, de longa evolução, não inflamatória. Acomete em torno de 4% da população mundial. No Brasil, estima-se que 4,8 milhões de pessoas têm fibromialgia, mas apenas 2,5% desse total recebem tratamento adequado.

“Os principais sintomas da fibromialgia são a dor generalizada e difusa, envolvendo os quatro membros e a coluna vertebral, fadiga, sono não restaurador, ou seja, a pessoa tem dificuldades para dormir ou dorme e acorda cansada. Em alguns casos o indivíduo desenvolve distúrbio cognitivo, o que envolve esquecimento e falta de atenção, dor em vários músculos, tendões e articulações, inclusive na coluna vertebral”, explica José Eduardo Martinez, subcoordenador do Departamento de Fibromialgia da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

A doença pode ocorrer em qualquer faixa etária, porém se concentra no grupo dos 20 aos 50 anos de idade. O Dr. José Martinez ressalta que há um predomínio importante de fibromialgia em mulheres, de acordo com os estudos e diagnósticos consolidados. Entretanto, não há uma explicação clara do porquê isso ocorre.

“Por natureza, a gente sabe que a sensibilidade da dor varia de pessoa para pessoa. Já entre os sexos, a mulher tem mais predisposição para dor crônica em geral. Existem estudos buscando comprovar que isso tem influência hormonal ou genética, mas não se chegou a uma conclusão sólida quanto a isso”

Tratamento

O tratamento pode ser dividido em não-farmacológico, aquele que não envolve medicamentos, e o farmacológico. No caso do não-farmacológico, o exercício físico, a educação e saúde, ou seja, é essencial o paciente estar bem-informado, e recorrer a algumas técnicas psicológicas e à acupuntura, por exemplo.

Os remédios são para a modulação da dor, diminuem a passagem do estímulo doloroso para o cérebro. Vale frisar que boa parte dessas medicações integra a classe dos antidepressivos.