Quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016 às 10h51 – atualizado às 16h15
A notícia foi dada em 2012, mas para distâncias e medidas espaciais esse tempo torna-se quase nada. O que se pode esperar desse encontro entre as duas galáxias é o surgimento de uma nova configuração espacial, no setor espacial onde está a Terra.
NASA – Telescópio Espacial HUBBLE
Edição: Alô São Paulo / Gerson Soares
É bom saber, mas não é necessário se preocupar tanto neste momento, já que o evento cósmico – que está se desenvolvendo no instante em que o leitor toma conhecimento desta matéria e das imagens – deve se concretizar completando o ciclo previsto em aproximadamente 4 bilhões de anos. A NASA nos possibilita através de imagens, filmes e gráficos, uma visão de como poderá se configurar a nova galáxia que se formará à partir da colisão titânica. De acordo com as projeções da agência espacial norte-americana, o sistema solar deverá ser afetado e o sol ocupará um novo lugar, porém a Terra não corre risco de ser destruída.
“Nossas descobertas são estatisticamente consistentes de uma colisão frontal entre a galáxia de Andrômeda e a nossa Via Láctea”, disse Roeland van der Marel do Space Telescope Science Institute (STScI) em Baltimore.
A solução veio através de medições meticulosas do movimento de Andrômeda – também conhecida como M31 – feitas pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA. A galáxia está a 2,5 milhões de anos-luz de distância, mas inexoravelmente será atraída em direção à Via Láctea sob a força da gravidade mútua entre as duas galáxias e da matéria escura invisível que as rodeia.
“Depois de quase um século de especulações sobre o futuro destino de Andrômeda e nossa Via Láctea, nós, finalmente, temos uma imagem clara de como os eventos vão se desenrolar ao longo dos próximos bilhões de anos”, disse Sangmo Tony Sohn do STScI.
As simulações de computador derivadas dos dados do Hubble mostram que após o choque entre as galáxias, levará mais dois bilhões de anos até que interagindo se fundam completamente. Remodelando-se, formarão uma única galáxia elíptica, similar às demais comumente vistas no universo local, se é que assim podemos chamá-lo.
Embora a Via Láctea e Andrômeda se mesclem uma à outra, as estrelas dentro de cada galáxia estão tão distantes que não colidirão com outras durante o encontro. No entanto, as estrelas serão lançadas em diferentes órbitas em torno do novo centro galáctico. Simulações mostram que o nosso sistema solar provavelmente será arremessado para longe do núcleo galáctico que ocupa hoje.
Para tornar as coisas ainda mais complicadas, o pequeno companheiro da M31, a galáxia de Triangulum (Triângulo), M33, irá juntar-se à colisão e talvez no futuro fundir-se com o par M31 / Via Láctea. Há uma pequena chance de que a M33 venha a chocar-se primeiro com a Via Láctea.
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