Quarta-feira, 6 de setembro de 2017, às 12h52


Cefaleia é o nome científico para a popular “dor de cabeça”. É estimado que 90% da população mundial já apresentou ou irá apresentar algum episódio ao longo da vida. Leia a matéria Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor.

As cefaleias dividem-se em dois grupos: primárias e secundárias. As primeiras são aquelas em que os exames não evidenciam nenhuma alteração no sistema nervoso central, e as mais frequentes são a enxaqueca e a cefaleia tensional.

A enxaqueca é o tipo de cefaleia mais conhecida e também a que mais leva pacientes aos serviços médicos. Está entre as 20 doenças mais incapacitantes do mundo, caracteriza-se por uma dor de cabeça intensa que pode vir acompanhada de náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som. A prevalência se apresenta entre 10 a 20% na população mundial, é mais frequente nas mulheres, sendo que cerca de 20% delas padecem com esse problema.

 

 

Entre os homens, aproximadamente 8% apresentam enxaqueca, que pode se tornar incapacitante, resultando em faltas no trabalho e diminuição da qualidade de vida. Outro tipo de dor de cabeça muito frequente na vida moderna é a cefaleia tensional, ocasionada por fatores posturais e emocionais (depressão, estresse, ansiedade).

Já as cefaleias secundárias resultam de lesões ou de outras patologias como sinusites, infecções do sistema nervoso ou de outras partes do corpo, tumores, problemas cervicais, aneurismas, traumas na cabeça ou no pescoço, transtornos psiquiátricos, abuso de drogas ou medicamentos e abstinência dessas substâncias, afirma Hideki Hyodo, coordenador do Comitê de Cefaleia da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED). O médico ressalta que é necessário descobrir a causa da dor para que o paciente seja tratado corretamente.

As pessoas com dores de cabeça costumam automedicar-se, uma prática que não está isenta de riscos. Quando tomamos qualquer medicamento, estamos sujeitos aos seus efeitos adversos, mesmo em doses consideradas adequadas e baixas. “No caso, o maior problema da automedicação é que, sem a avaliação médica, não existe um diagnóstico.

Sabemos que a cefaleia pode ser desencadeada por diferentes patologias, tais como sinusite, gripe e tensão muscular, que aparentemente não ocasiona risco de vida. No entanto, ela pode ser a manifestação de um problema mais sério, como uma meningite, um tumor, ou mesmo um acidente vascular cerebral (derrame). Quando as pessoas optam por automedicar-se, podem estar mascarando um quadro grave e eventualmente retardando o seu diagnóstico, além da possibilidade de aumentar o nível de tolerância ao analgésico”, destaca o médico.

Hyodo alerta ainda que o uso indiscriminado de analgésicos também pode causar dor de cabeça, além da possibilidade de desencadear toxicidade hepática e renal ou até mesmo sangramento gastrointestinal.

O tratamento, após o diagnóstico correto, pode ser realizado com o uso de medicamentos adequados para cada tipo de cefaleia, e sempre evitando a automedicação. Além de remédios, pode-se empregar o uso de outros recursos terapêuticos como acupuntura, fisioterapia, RPG, pilates, atividade física e psicoterapia, que podem ser ferramentas importantes no controle e prevenção da dor.

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