Publicado em 08 de outubro de 2013

Complexo Viário Padre Adelino, como surgiu, desde o nome até a concretização do projeto 10 anos depois.

Obra melhorou o trânsito no Tatuapé, se tornou uma alternativa viável para os motoristas e findou o caos numa das áreas mais valorizadas da cidade, que até então só amargava o tempo perdido no trânsito e as multas dos marronzinhos. Atualmente, apenas nos horários de pico, o trânsito fica bastante pesado desde o início da ponte até o final da Rua Padre Adelino na esquina com a Praça Sílvio Romero, mas diversos fatores devem ser levados em conta.

Padre Adelino com vista para a Radial Leste: Paisagem mais bonita e trânsito mais organizado.

Padre Adelino com vista para a Radial Leste: Paisagem mais bonita e trânsito mais organizado.

O mais importante deles é o aumento populacional no bairro, muito diferente de 12 anos atrás, quando Alô Tatuapé fez a primeira reportagem mostrando a necessidade da obra, as multas aplicadas pelos marronzinhos nas esquinas da Av. Salim Farah Maluf e Rua Padre Adelino e a cobrança junto às autoridades municipais, até que o desejo popular se concretizasse. Para quem mora há mais de 20 anos no bairro, não é difícil imaginar como estaria a situação no local sem a realização da obra, inaugurada em 28 de Agosto de 2011. O motivo para que toda essa movimentação tivesse início foi uma reclamação enviada a redação da revista Alô Tatuapé, que sensibilizou-se com a carta de um leitor e iniciou uma série intensa de pesquisas e reportagens que duraram 18 meses, a fim de mostrar que sem um Complexo Viário, dentro de poucos anos o caos existente se tornaria um alívio comparado ao que poderia acontecer.

É justo que se diga, que houve uma antiga proposta pela construção de um viaduto ou reformulação do atual Pires do Rio, anterior à data que Alô Tatuapé iniciou a série de reportagens, cobrando das autoridades a vontade da população, após pesquisas com milhares de motoristas, em Março de 2001. Porém, essa proposta jamais foi levada a cabo. Seus detalhes jamais chegaram ao conhecimento da redação nestes anos todos; certo é que existiam interesses comerciais e políticos que impediram seu andamento. Ao contrário disso, a revista Alô Tatuapé apoiada no trabalho de campo, divulgou e cobrou para que houvesse realmente efetividade na execução da obra – que nomeou pela primeira vez de Complexo Viário Padre Adelino. A revista foi desacreditada e até criticada pela sua quixotesca ambição, mas isso não foi capaz de nos fazer desistir.

Visando o lado positivo dessa obra, revela-se o quanto foi necessária e facilitou a vida dos moradores. Para se ter uma ideia, atingir o lado Belenzinho da Rua Padre Adelino, através do cruzamento com a Salim Maluf em horários de pico podia levar até 30 minutos, a partir da Praça Sílvio Romero e vice-versa, a partir da Av. Álvaro Ramos. Hoje chega-se em menos de 5 minutos, como fizemos numa terça-feira às 7h35. Agora o trânsito flui e as multas findaram. Talvez, um replanejamento dos semáforos melhorasse ainda mais o fluxo de carros no final da tarde.

A ponte já apresenta buracos e depressões nas pistas, o que é realmente lamentável para um empreendimento que custou aos cofres públicos mais de 114 milhões de reais e com pouco mais de dois anos de uso já apresenta tal situação. Portanto, aproveitamos esta reportagem para avisar à Prefeitura que tome conta deste patrimônio e não deixe que ele se deteriore.

O mais importante é que por fim permaneceu a vontade popular e o Complexo Viário Padre Adelino, assim denominado pela redação da revista em 2001 para melhor identificá-lo com a região, foi concluído e o motorista ganhou a chance de ter uma saída, além da Radial Leste – saturada ao limite com o trânsito da Zona Leste. Hoje quem desejar ir até a Água Rasa, ao Belenzinho ou mesmo ter uma alternativa para dirigir-se ao Centro pode desviar pela charmosa ponte estaiada.