Segunda-feira | 9 de março, 2020 | 20h33


Diante das notícias internacionais e quedas nas bolsas de valores mundiais, Bolsonaro afirma que a Petrobras vai manter sua política de preços. Guedes diz que resposta à crise são as reformas que podem chegar ao Congresso ainda nesta semana. Em dia de pânico global com a redução nos preços internacionais do petróleo.

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou hoje que o governo não interferirá no preço do petróleo. Foto: Marcos Corrêa / Agência Brasil

 

Gerson Soares

As bolsas de valores no mundo todo abriram em baixa hoje, afetadas pela redução no preço do petróleo internacional, em meio a uma disputa entre Arábia Saudita e Rússia. Os negócios na B3, a bolsa de valores brasileira, chegaram a ser interrompidos na manhã desta segunda-feira após o Ibovespa cair 10,02%, informou a Agência Brasil de Notícias.

“O barril do petróleo caiu, em média, 30% (US$ 35 o barril). A Petrobras continuará mantendo sua política de preços sem interferências. A tendência é que os preços caiam nas refinarias”, escreveu o presidente da República, Jair Bolsonaro, no seu perfil do Twitter.

Durante a manhã desta segunda-feira (9), o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou a jornalistas que “a crise internacional deve afetar menos o Brasil que outros países porque a economia brasileira é mais fechada que a do resto do mundo”. Ele voltou a afirmar que a melhor resposta para a crise é a continuidade da agenda de reformas.

 

Guedes: resposta à crise são as reformas. Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

 

Reforma administrativa

Segundo ele, a reforma administrativa pode ser enviada ao Congresso Nacional ainda esta semana, após o retorno do presidente Jair Bolsonaro dos Estados Unidos. Ele disse ainda que a “contribuição inicial” do governo à reforma tributária será encaminhada ao Congresso nesta ou na próxima semana.

“Temos que manter absoluta serenidade. E a maior resposta à crise são as reformas. Vamos mandar a reforma administrativa, o pacto federativo já está lá, vamos mandar a reforma tributária e vamos seguir o nosso trabalho. O Brasil tem dinâmica própria de crescimento. Se fizermos as coisas certas, o Brasil reacelerará”, disse ao chegar ao Ministério da Economia.

Guedes disse que o coronavírus está sendo a gota d’água para a redução do crescimento econômico mundial. “O mundo está realmente em um momento crítico. O coronavírus está sendo a gota d’água porque o mundo já estava desacelerando”. Já o Brasil, segundo ele, está em situação contrária. “No quarto trimestre deste ano que acabou (2019) sobre o quarto trimestre do ano anterior (2018) já estava crescendo a 1,7%.”

O ministro destacou que a tragédia de Brumadinho e a crise na Argentina levaram à redução do crescimento econômico do Brasil em 2019. “Com esses dois episódios no início do ano passado, a taxa de crescimento do Brasil rachou pela metade. O Brasil estava crescendo 1,3% e caiu para 0,7% (primeiro trimestre de 2019). Só que no segundo trimestre já começou a voltar, [subiu] para 0,9%, no terceiro já estava em 1,1% e o no final do ano já estava crescendo 1,7%”, disse.


Com informações da Agência Brasil de Notícias

O ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, debate a reforma da Previdência (PEC 6/19), expondo pontos cruciais aos deptuados. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Brasilia

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