Quarta-feira, 15 de junho de 2016, às 12h59


Sistema potencializa pedalada e amplia em até três vezes o rendimento do ciclista. Leve e de baixo custo, pode ser instalado em qualquer bike.

Uma invenção de três alunos da Escola Técnica Estadual (Etec) Albert Einstein, da zona norte da Capital, promete ampliar em até três vezes o rendimento do esforço do ciclista com um diferencial sustentável: não utiliza eletricidade nem combustíveis.

Com a instalação de um sistema magnético composto por ímãs na roda da bicicleta, os estudantes do curso técnico de Administração, Gabriel Souza, Ingrid Fauzie e Kauana Meireles, orientados pela professora Maíra Cezaretto, desenvolveram uma solução criativa, simples e eficiente. “O campo magnético dos ímãs gera linhas de indução que potencializam a força e prolongam o efeito da pedalada”, explica Kauana.

 

Alunos Kauana Meireles, Gabriel Souza e Ingrid Fauzie durante exposição do protótipo da bicicleta magnética na Feteps 2015, ao lado da orientadora, Maíra Cezaretto. Foto: Gastão Guedes

Alunos Kauana Meireles, Gabriel Souza e Ingrid Fauzie durante exposição do protótipo da bicicleta magnética na Feteps 2015, ao lado da orientadora, Maíra Cezaretto. Foto: Gastão Guedes

 

A aluna conta que a ideia teve como base ensinamentos clássicos de Física, como a teoria gravitacional do cientista inglês Isaac Newton (1643-1727). “O sistema utiliza as forças de atração e de repulsão, estimulando a continuidade do movimento circular gerado pelo condutor”, afirma. “Fizemos cálculos e testes que confirmaram a eficiência do protótipo. Duas pedaladas em um plano reto equivalem a seis de uma bike comum com as mesmas características”, ressalta. Veja vídeo explicativo.

A estudante destaca que o sistema, por ser leve, versátil e de baixo custo, pode ser instalado em qualquer bicicleta. A proposta prevê ainda adaptar a tecnologia para outros meios, como, por exemplo, cadeiras de rodas. “A essência do trabalho é trazer novos avanços em benefício da mobilidade e da acessibilidade”, completa.

Participação em prêmios

O projeto tem se destacado em competições estudantis. No ano passado foi apresentado na Feira Tecnológica do Centro Paula Souza (Feteps) e no Prêmio Eseg de Gestão. Agora, está entre os 15 finalistas do 3º Desafio Inova Paula Souza de Ideias e Negócios.

O Desafio contabilizou mais de 3 mil inscritos em suas etapas regionais classificatórias. O objetivo é revelar iniciativas de Etecs e Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) com potencial para formação de novas startups. A final acontece nesta quarta-feira (15), na sede do Centro Paula Souza, na Capital.

Para a orientadora do projeto da bicicleta magnética, a classificação entre os melhores trabalhos do Desafio Inova comprova a qualidade da pesquisa. “A participação no prêmio trará maior visibilidade e poderá ajudar a atrair investimentos para transformar a proposta em uma solução de mercado”, diz.

Maíra Cezaretto também ressalta o empenho e a dedicação dos jovens na busca por novos conhecimentos. “São alunos da área de Administração que foram pesquisar conceitos na Física para dar vida a uma ideia inovadora. Isso prova que não há limites para quem acredita no potencial da criatividade”, afirma.


Sobre o Centro Paula Souza – Autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação, o Centro Paula Souza administra as Faculdades de Tecnologia (Fatecs) e as Escolas Técnicas (Etecs) estaduais, além das classes descentralizadas – unidades que funcionam com um ou mais cursos técnicos, sob a supervisão de uma Etec –, em mais 300 municípios paulistas. As Etecs atendem mais de 213 mil estudantes nos Ensinos Médio, Técnico integrado ao Médio e no Ensino Técnico, para os setores Industrial, Agropecuário e de Serviços. Nas Fatecs, o número de alunos matriculados nos cursos de graduação tecnológica ultrapassa 77 mil.

As informações são da assessoria de comunicação do Centro Paula Souza
Startup desenvolve sistema de reconhecimento biométrico combinando face e íris. Iimagem: Leszeck Leszczynski via Flickr Creative Commons

Startup desenvolve sistema de reconhecimento biométrico combinando face e íris. Imagem: Leszeck Leszczynski via Flickr Creative Commons

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