Domingo, 5 de julho de 2015, às 08h38 – atualizado às 10h59

Por Janet Anderson do Marshall Space Flight Center, em Huntsville, Alabama e Megan Watzke do Chandra de raios-X Center, Cambridge, Massachussets. Última atualização em 5 de julho – Editor: Lee Mohon.

Edição em português: Gerson Soares para o Alô São Paulo

Enquanto fogos de artifício duram apenas um curto período de tempo aqui na Terra, o clarão dos sparklers (em tradução livre seria algo como bengalas de luzes) cósmicos cercado de estrelas podem durar muito tempo. O NGC 1333 é um conjunto de estrelas, muitas delas jovens, com menos de 2 milhões de anos; um piscar de olhos em termos astronômicos para estrelas como o Sol, das quais se espera que possam queimar por bilhões de anos.

Esta nova tecnologia de imagem composta, combina os raios-X do Observatório de Raios-X Chandra da NASA (NASA’s Chandra X-ray Observatory – em rosa), com os dados infravermelhos do Telescópio Espacial Spitzer (Spitzer Space Telescope – em vermelho), bem como os dados ópticos do Mayall - Observatório Nacional em Kitt Peak (Digitized Sky Survey and the National Optical Astronomical Observatories’ Mayall 4-meter telescope on Kitt Peak – em vermelho, verde e azul).

 

Imagem: Raio-X: NASA / CXC / SAO / S.Wolk et al; Óptico: DSS & NOAO / AURA / NSF; Infrared: NASA / JPL-Caltech

Imagem: Raio-X: NASA / CXC / SAO / S.Wolk et al; Óptico: DSS & NOAO / AURA / NSF; Infrared: NASA / JPL-Caltech

 

Os dados do Chandra revelam 95 estrelas jovens brilhantes em raios-X, 41 dos quais não tinham sido identificados anteriormente, usando apenas as observações infravermelhas do Spitzer, pois faltaram as emissões de infravermelho do discos circundantes.

Para fazer um estudo detalhado das propriedades de raios-X das estrelas jovens da NGC 1333, uma equipe de astrônomos, liderada por Elaine Winston, da Universidade de Exeter, analisaram os dados de raios-X do Chandra, tanto desse conjunto de estrelas – localizado a cerca de 780 anos-luz da Terra – quanto de outro conjunto semelhante de estrelas jovens, a cerca de 1.100 anos-luz de distância do nosso planeta, a nuvem Serpens. Eles então compararam os dois conjuntos de dados com observações das jovens estrelas no cacho (cluster) da Nebulosa de Orion, talvez o cluster de estrelas jovens mais estudado na Galáxia.

Os pesquisadores descobriram que o brilho de raios-X das estrelas na NGC 1333 e na nuvem Serpens, dependem da luminosidade total das estrelas de todo o espectro eletromagnético, como os encontrados em estudos anteriores de outros clusters. Também foi verificado que o brilho de raios-X depende principalmente do tamanho da estrela. Em outras palavras, quanto maior o sparkler estelar (ou as bengalas de luzes), maior será o seu brilho nas emissões de raios-X.

Estes resultados foram publicados na edição do Astronomical Journal em julho de 2010 e estão disponíveis online. O Marshall Space Flight Center da NASA, em Huntsville, Alabama, gerencia o programa Chandra para a Missão de Ciência do Diretório da NASA em Washington. O Observatório Astrofísico Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, controla as operações científicas e de voo do Chandra.

O JPL gerencia o Telescópio Espacial Spitzer para a Missão de Ciência do Diretório da NASA em Washington. As operações científicas são realizadas no Centro de Ciência Spitzer no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena e as operações espaciais estão baseadas em Lockheed Martin Space Systems Company, Littleton, Colorado.

Por Janet Anderson do Marshall Space Flight Center, em Huntsville, Alabama e Megan Watzke do
Chandra de raios-X Center, Cambridge, Massachussets. Última atualização em 5 de julho – Editor: Lee Mohon. Edição em português: Gerson Soares para o Alô São Paulo

Imagem: NASA / JPL / University of Arizona / Legenda original em inglês: HiRISE Science Team

Imagem: NASA / JPL / University of Arizona / Legenda original em inglês: HiRISE Science Team

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