Sexta-feira, 30 de setembro de 2016, às 12h43


“A história contada por quem viveu”, é o título ou slogan que abre as edições históricas publicadas pelo Alô Tatuapé. Neste post, alguns aspectos das atividades dos imigrantes portugueses que tomaram conta da região até determinado tempo.

Texto: Artur José da Costa | Adaptação: Gerson Soares
Extraído da 5ª Edição Histórica Memórias do Tatuapé
Publicado em dezembro de 2008

“Contando um pouco da vida dos imigrantes portugueses, que no começo do Século XX habitaram os Altos do Tatuapé (...) aqui se estabeleceram com suas chácaras, tomando conta de toda a região, na parte mais alta do Tatuapé. Com seus costumes e sua cultura, transformaram nosso bairro em uma verdadeira aldeia portuguesa. Durante décadas forneceram frutas e verduras para São Paulo e Rio de Janeiro, elevando o Tatuapé a um dos maiores produtores de verduras e hortaliças do Estado”.

 

1952 – Carro de Boi, trazido para as Festas Juninas, estacionado na Rua Apucarana esquina com a Rua Euclides  Pacheco. Observe a decoração do Arraial com bandeirinhas e a aglomeração de pessoas. Foto: Artur José da Costa, doada para o acervo do Alô Tatuapé

1952 – Carro de Boi, trazido para as Festas Juninas, estacionado na Rua Apucarana esquina com a Rua Euclides Pacheco. Observe a decoração do Arraial com bandeirinhas e a aglomeração de pessoas. Foto: Artur José da Costa, doada para o acervo do Alô Tatuapé

 

“Podemos dizer que esses imigrantes foram verdadeiros heróis se compararmos com as tecnologias e técnicas agrícolas atuais, pois tudo era feito manualmente, não existiam máquinas. As ruas eram intransitáveis e só carroças circulavam por elas. Quando pretendiam ir a outro bairro, somente a parte baixa do Tatuapé (Av. Celso Garcia) era servida por condução (transporte coletivo), mas para chegar até lá tínhamos que caminhar por ruas alagadiças até a avenida”.

“A partir de 1940, a região foi invadida por um grande número de indústrias, criando muitos empregos, aumentando o número de residências e o comércio local, com padarias, lojas e bares, tudo de acordo com o poder aquisitivo da região. Assim foram terminando as chácaras e os imigrantes portugueses passaram a se dedicar a setores como feiras-livres, as já citadas padarias e outros serviços”.

“Foi no final da década dos anos 70 que os Altos do Tatuapé iniciariam a maior transformação, mas agora quem saía eram as indústrias e em seus lugares entrariam prédios enormes, lojas, supermercados e shoppings”.

Clube Atlético Paulista em campo existente por volta de 1950, entre o final da Rua Tuiuti e Rua Coelho Lisboa, no bairro do Tatuapé. Foto: © Acervo Alô Tatuapé / doada pelo morador

Clube Atlético Paulista em campo existente por volta de 1950, entre o final da Rua Tuiuti e Rua Coelho Lisboa, no bairro do Tatuapé. Foto: © Acervo Alô Tatuapé / doada pelo morador

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