As gerações chamadas de idosos já viram mil mudanças, saiba porque

Segunda-feira | 20 de março, 2023

Há aproximadamente duas décadas, quando pensávamos em pessoas acima dos 60 anos ou até menos, havia um conceito de que estavam com alguma doença ou impossibilitados de exercerem funções de trabalho, por exemplo. Essa ideia mudou e se ainda há quem insista no tema comete grande erro.

As pessoas que chegaram ao século XXI e nasceram entre os anos 50, 60 e 70 ocupam uma faixa etária entre os 73, 63 e 53 anos. Aos últimos ainda faltam alguns aniversários para ingressarem na categoria dos chamados “idosos”, os outros já estão incluídos. Mas sobre nenhum deles pesará tanto a idade, enquanto houver família, amigos, saúde e cuidados, como a prática de exercícios físicos bastante disseminados pelos médicos e boa alimentação. Espertos, os “exxennials” estão preparados para seguir em frente, visitando regularmente academias de ginástica ou fazendo exames preventivos, viajando e se divertindo.

Vida mais longa

O resultado é que com a melhoria da qualidade de vida, os anos passam com mais vagar às pessoas que já ultrapassaram a linha dos 60 ou 70 anos de idade. No entanto, se engana quem imagina que apesar de terem sido incluídos na categoria de idosos eles estejam chegando ao final da jornada, muito pelo contrário. Homens e mulheres estão cada vez mais felizes em viverem suas vidas com tranquilidade depois de anos de trabalho e muitos estão plenamente aptos a trabalhar se quiserem. Um dos exemplos é o filme assista ao triler do filme “Um Senhor Estagiário”, onde o consagrado ator Robert De Niro interpreta um personagem que se propõe a trabalhar como estagiário, deixando exemplos de vida, respeito e sabedoria aos mais jovens.

No Brasil

Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada em março de 2019, já indicava que a população idosa brasileira tende a crescer nas próximas décadas, como aponta a Projeção da População, atualizada em 2018. Segundo a pesquisa, em 2043, um quarto da população deverá ter mais de 60 anos. A relação entre a porcentagem de idosos e de jovens é chamada de “índice de envelhecimento”, que deve aumentar de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060. Esse processo pode ser observado graficamente pelas mudanças no formato da pirâmide etária ao longo dos anos, que segue a tendência mundial de estreitamento da base (menos crianças e jovens) e alargamento do corpo (adultos) e topo (idosos).

Fonte: IBGE

Japão

Com 28% de idosos, o Japão foi considerado a primeira sociedade super-envelhecida do mundo. Os problemas enfrentados por lá podem servir de lição para mais investimentos e cuidados com idosos no Brasil, o país envelhece rapidamente; apontou outra pesquisa feita pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), divulgada em setembro de 2021. Dados do Banco Mundial mostraram que 9,6% de nossa população era idosa naquele ano, quase 17 milhões (considerando pessoas a partir de 65 anos, que muitos países adotam como parâmetro). “O Brasil é praticamente uma sociedade idosa, mas ainda temos a noção de que somos jovens”, analisou a pesquisadora Beatriz Kaori Miyakoshi Lopes.

Pesquisas

Seja no Brasil ou no Japão, os pesquisadores concordam que os governos precisam ter atenção às decisões diante do envelhecimento populacional. O desafio inclui ter mais planejamento na infraestrutura de serviços, como saúde, educação, economia, transporte adequado às necessidades de pessoas idosas, etc. “É preciso investir para que a população envelheça com qualidade de vida e dignidade, sem que os jovens tenham de arcar com custos gigantescos e, enfim, garantir que a economia do país não estagne ou entre em declínio”, concluiu Beatriz Kaori.

“Exxennials”

De qualquer maneira os chamados idosos merecem ter uma vida saudável e bonita. A cada momento nos ensinam e surpreendem com sua alegria de viver. Um vídeo de autor desconhecido resume bem as vivências daqueles que em certa parte da legenda chamou de “exxennials”. Independente da forma ou da nova palavra criada pelo autor – nem o Google a conhece – o vídeo traduz em 2 minutos a realidade de milhões de pessoas que viveram e ainda vivem uma incrível transformação dos costumes, das maneiras de se comunicar e estão testemunhando as mudanças no planeta. Click e assista o vídeo no Instagram.

Destaque – Foto: aloart