Temos de agradecer às Mulheres por elas simplesmente existirem. Sem as Mulheres o que seria de nós? Teríamos evoluído menos sensíveis, menos repreensíveis. Escrito por um homem, este texto coloca M de mulher em maiúsculo, assim como foram suas atitudes nas dezenas de milhares de anos da humanidade, começando pelo ato de nos trazer à luz da vida.

Até mesmo os carrascos medievais diziam que as Mulheres eram mais duras na hora da morte e da tortura. Suportavam as dores com mais resignação e não se entenda como dores apenas aquelas do corpo físico, mas também da alma e do coração.

A maior história de todas as histórias nos conta sobre a essência da força feminina, a simbologia que exerce sobre grande parte da humanidade e está descrita na Bíblia; está no nascimento de Jesus através de Maria, sua mãe.

Através dos tempos, as Mulheres desenharam sua trajetória ascendente. Humanas, também tiveram seus percalços, mas deixaram as marcas indeléveis de sua passagem no mundo antigo desde as cavernas. Um mundo hostil, para homens, que se julgava ter a força para sobreviver. Elas os acompanharam na evolução, nas fases e mudanças; medievais, modernas e pós-modernas, nas trevas e na iluminação, da internet à globalização.

A Mulher continua sendo sedutora, mãe, amiga, sensível, ríspida, nervosa, amável, bonita, inesquecível, inseparável, linda, para sempre, sem palavras, sem dizer nada, ela é apenas Mulher.

Relatos sobre Mulheres que marcaram a história do homem são inúmeros, mas podemos citar alguns exemplos de obstinação, amor, religiosidade, fé, entre tantos.

Cleópatra, filha do faraó Ptolomeu, herdeira das conquistas do imperador macedônico Alexandre, o Grande, no Nordeste da África que com sua astúcia provocou mudanças no cenário político romano.

A rainha Elizabeth I, lutou contra os poderes da monarquia e da igreja católica, que lhe custou a prisão na Torre de Londres em 1554. Liberta, superou seus opressores e reinou sobre a Inglaterra até sua morte em 1603, sendo venerada pelos súditos.

Joana D’Arc, nascida na França do século XV, permeado de situações sociais extremas entre motins e conflitos civis, em meio a uma turbulenta economia, diferenças na política e a anarquia. Depois de obter vitórias milagrosas sobre os invasores ingleses, em nome da França e do Reino dos Céus, foi entregue aos inimigos pelo próprio monarca francês Carlos VII que defendeu com armas e armadura. Pelos desafetos britânicos foi queimada na fogueira, acusada de bruxaria.

Chiara D’Offreducci – Santa Clara, nascida na Itália em família nobre de Assisi e dotada pela beleza, viveu na mais estrita pobreza. Seguindo os dogmas de Francisco de Assis, fundou o ramo feminino da Ordem Franciscana, que ficou conhecido como “Damas Pobres” ou Clarissas. Sua figura é representada segurando o Ostensório que ergueu para milagrosamente enfrentar os invasores sarracenos, invocando os poderes de Jesus, na cidade onde nasceu e morreu. Apavorados bateram em retirada.

Anita Garibaldi, que enfrentou guerras, perseguições e a prisão no Sul do Brasil e na Itália, tendo inicialmente a coragem em deixar um casamento infeliz para seguir seu coração revolucionário e apaixonado.

As Mulheres alemãs, após a II Guerra Mundial, ajudaram na reconstrução de seu país recolhendo tijolos das construções bombardeadas de Berlin, e preparando-os para serem reutilizados. As Mulheres Armênias, as Mulheres de Sarajevo, as Mulheres dos guetos, dos campos de concentração... Quantas mulheres nos fascinam.

Mulheres se emocionam com uma flor, com palavras. Às vezes, só precisam de um olhar carinhoso, um afago. Querem ser correspondidas, querem que as entendam. Mulheres se cuidam e cuidam da família, nos ensinam, nos amamentam. Embelezam e enaltecem, reclamam e choram, choram. Sorriem e falam... Ah! Como falam! Mas, o que queremos é tê-las conosco, por perto, bem junto, amando-as.

Sem elas o mundo seria menos colorido, menos harmonioso, menos gostoso, sem graça. Sem elas meu amigo, nós nem teríamos nascido.

GSS