Sexta-feira | 13 de maio, 2022
Enquanto faltam remédios para transplantados e outros pacientes que deles fazem uso contínuo, parlamentares aprovam o Fundo Eleitoral que subiu de 2,1 para 4,9 bilhões, enquanto a verba para a Saúde caiu de 4,9 para 2,1 bilhões.
Mas afinal, por qual motivo estamos falando de fundo eleitoral se o assunto é remédios de alto custo?
Para milhares de transplantados e pessoas que dependem dos remédios para sua sobrevivência, assim como para milhões de brasileiros – incluindo os familiares desses pacientes – os congressistas se esquecem dos remédios de alto custo e as farmácias que os distribuem vivem com problemas no abastecimento.
A compra desses medicamentos é feita através das políticas do SUS (Sistema Único de Saúde) e entregue aos estados que fazem a distribuição. São Paulo é o campeão de falta de remédios.
Segundo o levantamento feito pelo Movimento Medicamento no Tempo Certo (MTC), da Biored Brasil, uma rede de defesa de pacientes, entre 1º de janeiro e 28 de fevereiro de 2022, 2.801 pacientes com doenças incuráveis, e que precisam de tratamento contínuo, ficaram sem receber seus medicamentos essenciais.
São Paulo é o líder na lista de estados com problemas no abastecimento, com 1.663 relatos, seguido pelos estados do Rio de Janeiro, Ceará e Minas Gerais.
Leia o artigo da Dra. Gabriela Guerra, advogada especializada em Saúde: “População fica sem medicamentos nas farmácias de alto custo: o que fazer?”