Domingo | 15 de janeiro, 2023
“Acreditamos no futuro da conexão no metaverso” e “O metaverso oferece novas maneiras de conectar e compartilhar experiências.” Com essas frases a Meta, de Mark Zuckerberg, abre sua página na web. O site tenta trazer um pouco da realidade virtual (VR, virtual reality, no termo inglês) em slides convencionais, porém avançados, que permitem ao usuário ter uma breve visão do futuro, mesmo sem usar equipamentos. Ainda há quem duvide e não se arrisque a investir no metaverso, mas a incorporação dessa nova tecnologia à vida das pessoas parece inevitável.
Trabalho e educação
De acordo com a Meta, 59% dos adultos nos EUA que trabalham na modalidade remota dizem que não planejam voltar ao escritório e cita “HOD and Return to Work”, pesquisa da Harris Insights & Analytics LLC, com 1.294 entrevistados, divulgada em maio de 2022. Comparada ao momento atual de educação no Brasil, por exemplo, ou mesmo a níveis internacionais, as iniciativas da Meta em educação poderiam ser classificadas como nada menos do que espetaculares. Para alcançar seus objetivos a empresa investe US$ 150 milhões de dólares em treinamento e recursos “para transformar a forma como aprendemos”.
Acreditando no futuro
No artigo publicado em meados de dezembro do ano passado, o CTO & Head de Reality Labs da Meta, Andrew Bosworth, lembrou que o nome foi adotado no começo de 2022 e com isso uma nova visão para o futuro. “Nossa missão no Reality Labs é transformar essa visão em realidade. Nós nunca pensamos que isso seria fácil, mas este ano foi mais difícil do que imaginávamos. Desafios econômicos em todo o mundo, combinados com a pressão sobre o principal negócio da Meta, criaram uma tempestade perfeita de ceticismo sobre nossos investimentos.” Escreveu ele sobre os boatos de que o metaverso estaria muito longe de se tornar realidade. Para os mais céticos, diferente do imaginam os investidores da Meta, talvez a VR nem se concretize de verdade.
O metaverso vai dar certo?
Em poucas palavras é possível prever que sim, apesar das dúvidas em contrário. Respostas taxativas ainda não são dadas de maneira geral. Mas ao imaginar a concretização de tantas possibilidades que a VR irá proporcionar há otimismo. “Assim como um dia talvez tenha sido difícil dizer sobre o futuro que a internet teria,” responde a redação de Eu Quero Investir, empresa especializada em investimentos. Já foram feitas comparações com o metaverso e os games, mas a empresa acredita que já existe disputa pela vanguarda e liderança no segmento. “Esqueça a redução metaverso-game. A procura passa a ser por um mundo metaverso, em que será possível caminhar, voar, morar, vestir, comprar, trocar e, em síntese, viver,” afirmou em artigo no mês de dezembro a Eu Quero Investir.
Investimentos
De acordo com a Toro Investimentos, o recente relatório da Gartner estimou que, até 2026, 2 bilhões de pessoas estarão no metaverso. Dentre as empresas que mais investem nesse futuro, a Meta ocupa a primeira posição, seguida pela Nvidia, Roblox, Unity e Microsoft; respectivamente os cinco maiores investidores do setor. Sobre a descrença nesse mercado futurista, Andrew Bosworth do Reality Labs é categórico: “Posso dizer tranquilamente que após um dos anos mais difíceis na história da companhia, a Meta se mantém comprometida com sua visão de futuro, assim como estávamos quando a anunciamos,” disse em seu longo e esclarecedor artigo sobre os planos e as dificuldades vividas em 2022 pela empresa criada por Zuckerberg.
Fontes: Meta, Eu Quero Investir e Toro Investimentos
Destaque – Imagem: Meta / Reprodução