Quinta-feira, 7 de abril de 2016 às 21h07
A crise brasileira em torno da moral, da economia e da política, se espalha como uma epidemia, afetando a vida das pessoas, causando letargia. A imoralidade das doações de campanha, há muito conhecidas, só agora são admitidas (saiba mais).
Gerson Soares
Os assuntos de todo dia, são: impeachment da presidente; cassação da chapa que elegeu Temer (PMDB) e Dilma (PT); Comissões de Ética do Senado e Câmara querem cassar o mandato de Delcídio do Amaral (PT) e Eduardo Cunha (PMDB); milhões de reais desviados dos cofres públicos (que chegam aos bilhões) são descobertos a cada fase da Lava Jato; impeachment do vice-presidente.
Marina Silva (Rede) ressurge das cinzas e opta em dizer que o melhor para o país seria uma nova eleição, baseada nas acusações de uso de dinheiro de propinas como doações de campanha aos candidatos dos principais partidos com os quais concorreu ao Palácio do Planalto: PMDB, PSDB e PT.
O NI (Notícias em Imagens) traz mais um episódio da decadente classe política brasileira que vai sendo desmascarada. Assim, despreocupada com os seus salários e mordomias que são pagos e mantidos com os impostos cobrados da população, arrasta consigo para o abismo não só a própria vergonhosa cangalha, mas um país aturdido que se entregou ao marasmo. Milhões de pessoas, a cada dia ficam esperando uma solução para o desemprego e a crise; a economia paralisada aguarda um possível desfecho que virá nas notícias do dia seguinte. Enquanto o longo e distante fim não chega, a estagnação corrói.
Lula depõe na PGR
O ex-presidente depôs na manhã desta quinta-feira (7) na Procuradoria Geral da República (PGR) em Brasília, sobre inquérito que o envolve na Operação Lava Jato da Polícia Federal, a notícia foi veiculada pelo site Veja.com. Segundo a publicação, não há informações sobre o processo pelo qual foi ouvido. O ex-presidente do Brasil é suspeito de receber dinheiro de empreiteiras envolvidas em esquema de corrupção na Petrobras.
Dilma usa Palácio como palco
Apesar dos protestos de parlamentares, como o líder do DEM na Câmara, deputado Pauderney Avelino (AM), que ingressou com representação no Ministério Público Federal (MPF) contra o que julga ser “ato político”, a presidente Dilma Roussef continua usando o Palácio do Planalto para se defender do processo de impeachment. Hoje (7), ela recebeu com meiguice as convidadas para o “Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia”.
Deputados pró-impeachment: “Está chegando a hora”...
No dia seguinte à leitura do relatório e a aprovação da admissibilidade do processo de impeachment deputados da oposição ao governo fizeram um ato aos versos da canção popular “Está chegando a hora”, dando o aviso prévio à presidente. Foto: Antonio Cruz / Agência Brasil
Testemunhal da delação premiada
Leonardo Meirelles faz seu testemunho na Comissão de Ética da Câmara dos Deputados em sessão que analisa processo contra Eduardo Cunha. De acordo com as declarações baseadas na delação premiada, Cunha recebeu 5 milhões em propinas do doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato. Com isso, Meirelles confirma as suspeitas que pairam sobre o presidente da Câmara e diz que ele é um dos 120 beneficiários do propinoduto. O processo contra Cunha vem se arrastando desde o final do ano passado, sendo manobrado ardilosamente pelo peemedebista e seus comparsas, em atos que enojam o país, com transmissão ao vivo.
Acorrentado aos compromissos
Jornais americanos, como o The New York Times e Washington Post, diante das escabrosas revelações dos últimos dias, tentaram descrever a crise brasileira. Trocando em miúdos, disseram que envolvidos em corrupção estão julgando outros corruptos. É o que irá acontecer em breve no Senado, caso seja aprovado o impeachment da presidente no plenário da Câmara. A decisão final sobre o impedimento caberá ao Senado, apesar de que o objetivo principal do governo é barras o processo de impeachment na Câmara, o presidente Renan Calheiros (PMDB) – sob o qual pairam suspeitas de tráfico de influência – parece estar firmemente acorrentado aos compromissos com o governo petista. Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado
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