Sexta-feira, 2º de dezembro de 2016, às 12h45
Os textos abaixo foram publicados originalmente há 19 e 17 anos, nas edições nº 1 e 21, da então revista Alô Tatuapé, respectivamente em junho de 1997 e fevereiro de 1999. Alguns comentários são atuais.
Tatuapé década dos anos 50
Por mais inacreditável que possa parecer, no Rio Tietê havia muitos peixes e a foto (abaixo) de 1955 comprova esse fato. No Tatuapé e em outros bairros ribeirinhos era normal pescá-los e os peixes serem servidos à mesa do jantar.
Apesar da poluição e do mau cheiro, da indiferença das autoridades e das intermináveis enchentes anuais, principalmente nesta época do ano, o Rio Tietê já foi motivo de alegria.
Além de servir para piqueniques, pescarias, travessias a nado, regatas e ancoradouro de barcos, como o da família Matarazzo que possuía um deles. Em parte, as embarcações ficavam ancoradas onde hoje está localizada a atual pista de cooper no Parque do Piqueri, mais exatamente na área voltada para a Marginal do Tietê. No local, ainda é possível perceber, alguns detalhes dessa época que estão sendo enterrados pelo tempo.
O Rio Tietê era a piscina de muitos frequentadores de clubes que se instalaram em suas margens. A foto mostra o cocho do Corinthians – como era chamado à época –, uma espécie de prolongamento artificial da margem do rio, o qual podemos ver em parte nesta imagem.
Apesar da imagem apagada, é possível observar uma banhista saltando para as águas ainda límpidas, enquanto outro observa a paisagem. O processo de poluição já havia começado, no entanto, não era percebido. Várias indústrias que se instalaram às margens do Tietê desde o início do século XX, ali despejavam seus dejetos industriais.
A situação atual é conhecida e os bons tempos, não voltam mais. Só com muita vontade política e um intenso trabalho educacional o Tietê poderia ser recuperado... Isso também é conhecido...
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