Quarta-feira, 9 de dezembro de 2015, às 18h18


Em 2015, o Telescópio Espacial Hubble da NASA, fez 18 anos e completou 100.000 órbitas. Suas imagens fantásticas, fantasmagóricas, são ao mesmo tempo fascinantes e nos dão a dimensão do espaço ocupado pelo planeta Terra no imenso universo que o homem habita.

NASA | Hubble Space Telescope
Edição: Alô São Paulo

Em comemoração do Telescópio Espacial Hubble da Nasa completar sua orbita número 100.000 mil em seu 18º ano de explorações e descobrimentos, os cientistas do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial em Baltimore, Md., dirigiram suas lentes para o brilho deslumbrante de uma região de nascimento celestial e renovação.

O Hubble mirou em uma pequena porção da nebulosa perto do conjunto de estrelas chamado NGC 2074. Essa região é uma tormenta incendiária de criação estelar crua, talvez provocada pela explosão de uma supernova nas proximidades.

 

Conjunto de estrelas NGC 2074 na Grande Nuvem de Magalhães. Imagem: NASA, ESA, e M. Livio (STScI)

Conjunto de estrelas NGC 2074 na Grande Nuvem de Magalhães. Imagem: NASA, ESA, e M. Livio (STScI)

 

A imagem em três dimensões revela cumes e vales dramáticos de poeira cósmica da cabeça da serpente dos já conhecidos “pilares da criação”, e filamentos gasosos incandescentes enfurecidos pela torrencial exposição à radiação ultravioleta.

Essa região estelar se encontra na borda de uma nuvem molecular escura, qual seja, uma incubadora para o nascimento de novas estrelas. Nesta fantástica paisagem com aproximadamente 100 anos-luz de largura, torres escuras de poeira incandescente elevam-se formando uma parede de gases na superfície da nuvem molecular.

O pilar em forma de cavalo-marinho na parte inferior direita da imagem possui por volta de 20 anos-luz de comprimento, cerca de quatro vezes a distância entre o nosso Sol e a estrela mais próxima a ele, Alpha Centauro. Essa região está inserida na Grande Nuvem de Magalhães (LMC) um satélite da nossa Via Láctea.

Esta imagem de cores representativas foi feita em 10 de agosto de 2008, com a Hubble’s Wide Field Planetary Camera 2. As partes em vermelho, mostram a emissão de átomos de enxofre, verde de hidrogênio que brilha intensamente e os azuis são de oxigênio brilhante.


Curiosidade:
– Em astronomia 1 ano-luz equivale aproximadamente a 10 trilhões de quilômetros, perto de 6 trilhões de milhas. Em metros teríamos o número 10 elevado à 16ª potência = 10.000.000.000.000.000 de metros. Para descobrir a proporção da pequena parte à qual equivale a 20 anos-luz na representação da extensão do cavalo-marinho, bastaria multiplicar o valor em metros por 20 = 200.000.000.000.000.000. Que tal fazer agora a extensão total da paisagem em metros? É só multiplicar o primeiro valor por 100. Haja zeros! O resultado é 20.000.000.000.000.000.000 metros. Divirta-se transformando em quilômetros e milhas, sabendo os valores mais acima.


Nota da redação:
– No texto da NASA, em inglês, a palavra glowing pode ser traduzida como brilhante, já que glow, significa brilho em português. Porém, podemos entender que neste caso, onde se fala em explosões estelares, essas palavras também poderiam ser traduzidas como incandescências ou incandescentes, para melhor compreensão dos leitores.

Créditos da imagem: X-ray: NASA/CXC/MIT/M. McDonald et al.; Optical: NASA/STScI

Nova perspectiva sobre um extraordinário Cluster de Galáxias. Créditos da imagem: X-ray: NASA/CXC/MIT/M. McDonald et al.; Optical: NASA/STScI

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